O Ministério Público do Rio, com o apoio da Polícia Civil, faz uma operação contra pessoas e empresas investigadas por fraudes em contratos com a Fundação Estadual de Saúde. Os agentes cumprem doze mandados de busca e apreensão e dois alvos são delegados da Polícia Civil: Allan Turnowski, que foi chefe da corporação de 2009 a 2011 e de 2020 a 2022, e Eduardo Clementino de Souza.
Turnowski chegou a ser preso em 2022 por suspeita de organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho. Ele responde ao processo em liberdade.
A ação é comandada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, que apura os crimes de organização criminosa e fraude em licitação. As investigações mostraram o direcionamento de contratos públicos em favor das empresas Vidgel Vigilância e Segurança e Vidgel Serviços Terceirizados, nos anos 2021 e 2022. Os acordos incluem serviços nas unidades: Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti; Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita; e Centro Estadual de Diagnóstico por Imagem (Rio Imagem), no Centro do Rio.
De acordo com o Gaeco, a investigação aponta a possibilidade de servidores públicos e outros investigados terem se beneficiado de forma indireta dos recursos obtidos com o esquema criminoso. Os promotores identificaram a prática de repasse financeiro indireto envolvendo uma das empresas, o pai de um delegado e o próprio delegado.
A Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil acompanha as investigações.