Nesta terça-feira (26/11), foram cumpridos mandados da Operação Dama de Ouros, para tentar prender José Marcos Chaves Ribeiro, ex-motorista da socialite Regina Lemos Gonçalves. Em um dos endereços, agentes encontraram uma imagem sacra avaliada em R$ 250 mil. O ex-motorista é réu por tentativa de feminicídio, sequestro, cárcere privado, violência psicológica e tentativa de furto.
A Senhora de Santana de madeira, no estilo barroco, data do século 17 e foi uma das obras apreendidas na mansão de Regina em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A imagem passará por perícia e deve ser devolvida à socialite. O imóvel vinha sendo administrado pelo motorista, que o alugava para terceiros. A informação foi divulgada pelo portal de notícias “g1”.
Os agentes precisaram arrombar o portão da garagem para entrar, já que não havia ninguém. Logo na entrada da mansão, policiais encontraram móveis separados como se fossem ser retirados. Representantes de Regina também deram falta de obras de arte e joias.
Na década de 1990, Regina herdou um patrimônio de 500 milhões de dólares do marido, fundador da Copag, marca de cartas de baralho. O casal não tinha filhos. A Polícia Civil afirma que o ex-motorista manteve Regina isolada de amigos e familiares durante anos e passou a administrar o patrimônio da socialite depois de um registro de união estável feito em 2021. Ele chegou a declarar que ela tinha demência. José Marcos alega que teve um relacionamento amoroso com Regina. Ela nega.
A defesa do ex-motorista afirmou ao “g1” que só vai se pronunciar quando tiver acesso à decisão.
O empresário João Chamarelli, representante da família, divulgou uma nota com “palavras da própria Regina”: “O golpe financeiro e patrimonial teria sido elaborado por José Marcos em conluio com advogados e ex-funcionários. Regina relatou que jamais imaginaria estar cercada por uma organização criminosa tão ousada, capaz de implantar terrores psicológicos e físicos de toda ordem.”