Temporada de baleias-de-bryde no Rio de Janeiro: pesquisadores pedem ajuda da população

Após espetáculo das jubartes, é a vez das baleias-de-bryde serem avistadas no litoral carioca durante o verão.

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Foto: Bia Hetzel

Com o fim da temporada das jubartes no litoral carioca, pesquisadores se preparam para o avistamento de outra espécie de baleia: a baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei). Esses animais, que podem chegar a 15 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas, são os únicos que vivem exclusivamente em águas tropicais e não migram para regiões polares.

Para estudar melhor a espécie, o projeto Brydes do Brasil está pedindo a colaboração da população. A iniciativa, formada por uma equipe de pesquisadores voluntários, busca reunir o maior número possível de registros fotográficos de baleias-de-bryde para fins de identificação.

O projeto destaca a importância do compartilhamento de fotos para o conhecimento e a divulgação das avistagens. “Queremos fazer uma base de dados através de um acervo fotográfico concentrado, identificar, comparar e quantificar novos indivíduos numa mesma área, para conhecer melhor e saber como conservar o seu habitat”, explica o Brydes do Brasil.

Como identificar e fotografar as baleias-de-bryde

As baleias-de-bryde podem ser avistadas em diversas regiões do litoral carioca, como a baía da Ilha Grande, Restinga da Marambaia, Barra de Guaratiba, Região Metropolitana do Rio, praias de Piratininga a Itaipu (Niterói), Itaipuaçu, Arraial do Cabo e Cabo Frio. Em agosto, uma baleia da espécie foi vista na praia Brava, em Búzios.

Para contribuir com a pesquisa, o Brydes do Brasil pede que as pessoas fotografem as nadadeiras dorsais das baleias, que funcionam como “impressões digitais” para identificação individual. As fotos podem ser enviadas através do site do projeto: https://brydesdobrasil.com.br/brydes.

Baleias-de-bryde: uma espécie ainda pouco conhecida

Apesar de não estar classificada como “espécie em extinção”, a baleia-de-bryde ainda é pouco conhecida pela ciência. A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) considera que ainda há dados insuficientes para uma avaliação precisa sobre a espécie. Por isso, a colaboração da população é fundamental para ampliar o conhecimento sobre esses animais e garantir a sua conservação.

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