Os melhores e mais tradicionais bares árabes do Rio

Esqueça a sofisticação dos restaurantes, aqui separamos aqueles para comer em pé, deliciando-se com um kibe bem preparado ou uma esfirra quentinha, tudo regado com muito molho de alho (porque carioca adora um molhinho)

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Fachada da Pizzaria Oriental, na Galeria Condor, no Largo do Machado - Foto: Raphael Fernandes/Diário do Rio

Um clássico do Rio — é claro, atrás dos nossos tradicionais botecos e botequins (ou, como são chamados pelos mais assíduos “pé sujo”) — os árabes chegaram à cidade e, de quebra, conquistaram o paladar carioca, que, assim como recebeu muito bem a culinária japonesa na década de 70, sempre foi apaixonado por um petisquinho mediterrâneo.

Com inúmeras casas espalhadas pelo Rio, dos bares mais simples aos restaurantes mais sofisticados, sempre tem um que é ponto cativo de um carioca. Em sua grande parte, localizados no eixo Centro-Zona Sul, o DIÁRIO DO RIO selecionou os melhores bares árabes da cidade. Esqueça a sofisticação dos restaurantes, aqui separamos aqueles para comer em pé, deliciando-se com um kibe bem preparado ou uma esfirra quentinha, tudo regado com muito molho de alho (porque carioca adora um molhinho).

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Saara

Começando por um nome que faz jus à culinária, mas que na origem não tem nada a ver com o deserto — Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega (Saara) —, o comércio popular mais movimentado e querido do Rio também é o ponto certo para encontrar alguns dos mais tradicionais estabelecimentos árabes da cidade. Quem nunca foi às compras por lá e trocou o almoço por um quibe quentinho? Há alguns mais “clandestinos”, digamos assim, que estão em banquinhas instaladas “provisoriamente” no cantinho de algumas lojas. Mas há duas lojas que fazem um sucesso danado e mal têm espaço no balcão.

Entre eles estão a Padaria Bassil, na Rua Senhor dos Passos 235, especializada em esfihas e com mais de 100 anos. No interior da padaria, chama a atenção a parede revestida de azulejos preto e branco que, segundo os proprietários, é o resultado de uma aposta feita entre Garrincha, que era assíduo frequentador, e Jordan, jogador do Flamengo, na decisão do campeonato de 62. Quem ganhasse pagaria a reforma da parede, que deveria ter as cores do time vencedor. O Botafogo venceu e Jordan teve que bancar a obra com as cores alvinegras.

Na outra ponta, naquele larguinho da Regente Feijó com a Buenos Aires, encontra-se o Nagib 80, no mesmo esquema: balcão, pouquíssimas mesas para se sentar, atendimento rápido e o título de “melhor esfiha do RJ” — há quem discorde. Ali também é possível encontrar kits de esfiha + quibe, que podemos levar para a mãe, a avó, que sempre fazem aquela encomenda. Não tem erro, está no larguinho e viu aquela aglomeração, o Nagib fica lá.


Largo do Machado

Quem transita pela região do Catete (o “Méier da Zona Sul”, como dizem as más línguas) também pode encontrar grandes medalhões árabes do Rio, e a concorrência é forte, viu? Dentro da tradicionalíssima Galeria Condor, há três casas especializadas, todas com um público bem fiel. O pessoal da Zona Sul costuma ter uma “tara” pela culinária árabe. Para escolher o melhor, basta saber o que você gosta mais: um raiz, para comer no balcão, ou um mais sofisticado, para sentar e conversar.

Se o seu papo é sentar no balcão, sem firula, ou levar para viagem, você pode optar pela Pizzaria Oriental — que de pizza não tem nada. Ela fica em uma portinha em um micro corredor que liga os dois corredores principais da galeria. Aberta na década de 60, é uma iguaria carioca e super conhecida entre os moradores do triângulo Catete-Laranjeiras-Flamengo. Um super querido. Além dos conhecidos kibes e esfihas, há também uns docinhos super diferentões e que não são encontrados nas outras casas especializadas. Sem falar no custo-benefício. E tem até famoso que não perde um kibezinho de lá.

Quase em frente, encontramos a Rotisseria Sírio-Libanesa, a mais cheia e conhecida da galeria. Sempre tumultuada, chega a ser difícil fazer um pedido. Ou seja, é um sucesso desde a década de 70. Esse é o local ideal para quem busca uma mesinha, um espaço mais reservado para conversar e, quem sabe, almoçar também, já que o estabelecimento também serve refeições. Mas, se você está liso e procura um local mais simples, essa não pode ser a opção, já que o cardápio tem um precinho salgadinho.

E como se já não bastasse dois na Condor, ainda temos o terceiro. Bom, não é de se assustar quando vemos uma matéria de 2017, onde a revista Veja divulgou um levantamento que cerca de 1300 esfihas são vendidas no Largo do Machado em um único dia. Dos mesmos donos da sofisticada Rotisseria Sírio-Libanesa, tem ainda, em outro corredor, uma versão mais “pé sujo” e express, tipo um fast food, o Rotisseria, onde é possível comprar, comer no balcão ou pedir para viagem. Os preços, salgados, são iguais aos do irmão mais nobre.


Copacabana

Na histórica Galeria Menescal — o conhecido corredor para quem gosta de cortar caminho entre a Barata Ribeiro e a Nossa Senhora — também há uma casa super tradicional e queridinha da turma de Copa. O Baalbek vive cheio e mal conseguimos ver o balcão. Aos sábados, então, é o dia que mais lota. Ainda com uma arquitetura que lembra a década de 80, o bar abriu há mais de 60 anos, em 1959, vendendo desde kibes até quirches. Os doces também fazem sucesso por lá. O restaurante é um dos clássicos que não podem ser modernizados, porque perdem a graça, sabe? E se junta aos patrimônios que resistem ao tempo e à estrutura original da Menescal, a mais charmosa das galerias do bairro. Um patrimônio de Copa.



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