Cerca de 100 estudantes da rede pública de ensino do Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram, nesta segunda-feira (16), os trabalhos desenvolvidos ao longo do projeto Engenhoka. O evento, realizado no auditório da Biblioteca Parque Estadual, no Centro do Rio, marcou o encerramento do primeiro ciclo da iniciativa, que promove oficinas de robótica educacional e artes visuais.
O Engenhoka, idealizado pelo Instituto Burburinho Cultural, mobilizou estudantes de seis escolas públicas. No Rio, participaram o Colégio Estadual Souza Aguiar, no Centro, e o Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, em Niterói.
“A pedagogia da robótica educacional é diferente. Os alunos participam ativamente das aulas, aprendendo matemática e física de modo criativo”, explica o instrutor Matheus Barcelos, professor do projeto em Niterói.
Os projetos finais demonstraram a criatividade dos estudantes. No Colégio Estadual Souza Aguiar, uma das turmas criou “A Última Flecha”, um objeto complementado por um curta-metragem. “Os alunos entrelaçaram a força ancestral da mitologia afro-brasileira com as urgências do mundo contemporâneo“, conta a professora Fernanda Paixão.
Outro destaque foi o “Cachorro da Selarón”, criado por alunas de Santa Teresa. A obra, que se movimenta e possui efeitos de luz, chamou atenção pelo colorido e originalidade.
Para Sheila Marins, diretora do Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, o projeto fortaleceu os laços entre os alunos e estimulou a presença na escola.
Thiago Ramires, diretor do Instituto Burburinho Cultural, destaca a liberdade e a criatividade proporcionadas pela metodologia. Cada escola participante recebeu um estúdio maker equipado com impressoras 3D, tablets, livros e materiais pedagógicos.
O Engenhoka conta com patrocínio da Siemens Brasil, Google Brasil, Wilson Sons, Digix, Simpress e Petronas. A pedagogia em robótica educacional foi desenvolvida pela Picode Edtech, com consultoria da curadora Fabiana Moraes.