A inciativa da Aliança Centro-Rio de revitalizar a Rua São José, via que liga a Av. Presidente Antonio Carlos – e a histórica Igreja do Glorioso Patriarca São José – à Avenida Rio Branco, tem apresentado resultados absolutamente favoráveis. A tradicional rua, onde fica uma das entradas do Terminal Menezes Cortes, há tempos estava esvaziada, especialmente à noite. As pessoas saiam do trabalho e, muitas vezes, não se aventuravam a fazer aquele pit-stop para conversar com os amigos nos bares locais. O medo de assaltos e da abordagem de mendigos na São José e nas cercanias, deixava a todos apreensivos, apesar da vontade de dar uma “esticada” após o expediente.
A rua de paralelepípedos e sua calçada de pedras portuguesas, antes sujas e malcuidadas, onde não era difícil ver ratos passando, atualmente, apresenta um aspecto muito mais agradável. Moradores de rua que ficavam amontoadas em alguns dos pontos da via, também deram o fora da região, graças à movimentação crescente de passantes e de frequentadores dos estabelecimentos locais, além, é claro, do patrulhamento. Também a diminuição dos ambulantes ilegais permitiu uma melhor utilização da via.
O milagre tem nome e não é novidade, pelos menos em outras capitais mundo a fora: Parcerias Público-Privada (PPP), sob o conceito do Business Improvement District (BID), que, no contexto carioca, recebeu o nome de Área de Revitalização Econômica (ARE). O projeto inovador consiste na união entre associações de empresários e governos, que se voltam para revitalização e melhora de áreas específicas oferecendo serviços suplementares. O fato ocorre num momento de grande revitalização do Centro, no esteio do projeto Reviver Centro.
As mudanças promovidas pelas PPPs foram vistas em locais, como a Times Square, em Nova York; em Chicago, em diversos pontos em Londres, na Inglaterra; além da Cidade do Cabo, na África do Sul. Assim como, nesses locais, a São José registrou uma requalificação da sua infraestrutura, além do aumento da sensação de segurança, resultando na abertura de novos empreendimentos e valorização dos imóveis da região.
Apesar de a camelotagem ilegal ainda representar um desafio para a São José, especialmente a dos vendedores clandestinos de óculos durante o horário da manhã; no início da tarde, já possível notar uma melhora no aspecto e na hospitalidade da rua. Nos últimos seis meses, já houve um aumento de 18% na frequência de pessoas na tradicional rua do Centro após o início dos cuidados da ARE São José. A medição é feita por modernas câmeras que têm q tecnologia de contagem de pessoas e que foram instaladas pela ARE.
Foi criada uma área de revitalização econômica, na qual os membros da Aliança Centro-Rio, que integram a associação responsável pela Rua São José, prestam serviços complementares aos executados pelo governo, como limpezas e seguranças extras. Como consequência, o logradouro tem atraído cada vez mais pessoas, que se mais mais seguras e que passaram a contar com uma oferta maior de restaurantes, que estão sendo abertos na região. A gestão das locações das lojas do Menezes Côrtes é da Sergio Castro Imóveis, e já não há mais vacância nas lojas de rua. Recentemente, a tradicional imobiliária anunciou a venda do antigo restaurante Jirau – bem na esquina da São José com a Antônio Carlos – para a badalada rede de bares Ximeninho, que já está em obras. A movimentação já torna a Rua José um novo ‘point’ do Centro do Rio, próximo à Praça XV mas com vida independente. A iniciativa é capitaneada pela Aliança Centro-Rio, com patrocínio principal o Terminal-Garagem Menezes Cortes, além da própria Sérgio Castro.
A revitalização da via teve início no segundo semestre do ano passado, com o seu anúncio sendo feito e celebrado durante o evento Rio Construção Summit, na Zona Portuária. Na ocasião, o CEO do grupo Aliança, Marcelo Haddad, anunciou um investimento de R$ 700 mil, para o trecho entre a Avenida Presidente Antônio Carlos e a Rua da Quitanda, com a cifra sendo aportada por patrocinadores com negócios locais.
“Estabelecemos a Associação de Amigos da Rua São José que será a responsável por adotar esse logradouro, tornando-se assim a primeira Área de Revitalização Econômica (ARE) do Brasil. Dentro desta ARE, uma série de atividades de limpeza complementar às já oferecidas pela Prefeitura do Rio. Haverá um sistema de monitoramento por câmeras e uma gestão de vigilância em colaboração com os órgãos de segurança pública”, explicou Haddad durante o anúncio, no ano passado.
Além dos investimentos em infraestrutura, a proposta das AREs inclui ainda paisagismo e urbanismo, para criar uma experiência semelhante a de um shopping a céu aberto.
A administração do trecho, que conta com mais 200 metros de extensão, está a cargo da Associação de Amigos da Rua São José, vinculada ao Aliança Centro Rio. O projeto São José impulsionou os empresários a planejarem o lançamento de mais duas AREs: uma em um trecho da Avenida Presidente Vargas, entre a Biblioteca Parque Estadual e a Avenida Passos; e a outra na Praça da Candelária.
A Rua São José é um bom exemplo de como a colaboração entre a inciativa privada e o poder público pode transformar positivamente áreas urbanas, oferecendo um ambiente mais seguro e agradável para moradores e frequentadores, ao mesmo tempo em que incrementa a economia regional.
Atualmente, a Aliança Centro-Rio realiza ainda o monitoramento da região do Centro da capital fluminense, com o cadastro e geolocalização de todos os problemas de zeladoria locais, que são repassados semanalmente às autoridades. A entidade se encarrega de verificar se as demandas estão sendo resolvidas. Desde que o projeto entrou em ação, a taxa de solução dos problemas reportados passou de 20% para 78%.
A Aliança foi fundada pelas empresas Sergio Castro Imóveis, Multicentros, Opportunity, São Carlos e Construtora Internacional e hoje já reúne mais de 70 proprietários de quase 300 Edifícios na região.
Vocês são muito ridículos mesmo, né? Os bares tomando a calçada com mesas e cadeiras e os pedestres tendo que caminhar pelo meio da rua e vocês, com a mania de perseguição a camelô, dizendo que o problema é a “camelotagem ilegal”. Vão se ferrar, seus pela saco do Eduardo Paes.