Se as especulações que circulam nos bastidores do Carnaval se concretizarem, é possível que a partir do ano que vem o número de Escolas de Samba no Grupo Especial aumente, passando de 12 para 15 agremiações. De acordo com o que tem sido comentado, três escolas da Série Ouro (antiga Série A) poderiam ser promovidas, subindo para o Grupo Especial, ao invés de apenas uma, como ocorre atualmente.
A mudança, que vem sendo discutida entre as diretorias das escolas, também está vinculada a uma proposta de realocação dos dias de desfile, sugerida pela nova gestão do carnaval, liderada por Gabriel David — este será o primeiro desfile em que o filho de Anísio está no comando. Com os desfiles do Grupo Especial sendo realizados em três dias, isso permitiria que o número de escolas por noite aumentasse de quatro para cinco.
Embora ainda haja muitas especulações e nada tenha sido formalizado até o momento, fontes indicam que o assunto já está sendo negociado entre as partes envolvidas. Porém, para que o número de escolas chegue a 15, uma das mudanças necessárias seria a de que a última colocada da elite dos desfiles não fosse mais rebaixada.
A presidente da LigaRJ, entidade responsável pela organização da Série Ouro, admite que “há diálogo” com a Liesa sobre o aumento, mas ainda sem nada definido ou oficializado. A Liesa, por sua vez, tem se mostrado reticente sobre o assunto, descartando qualquer tratativa formal até o momento. Já o prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou não ter conhecimento de tais conversas.
Ainda não está claro se a nova forma de acesso ao Grupo Especial seria baseada apenas na classificação, ou se critérios adicionais, como convites para determinadas escolas, poderiam ser estabelecidos. E, se a mudança realmente ocorrer, a Liesa poderá esbarrar em um outro desafio, já que a Cidade do Samba, que atualmente conta com 14 barracões (13 para as escolas e 1 para a própria Liesa), não tem capacidade para abrigar mais agremiações sem uma reestruturação — algo que não deve acontecer, já que não há espaço apropriado no terreno da Gamboa.
Sinceramente, o desfile depois que passou a não ter acesso e descenso, ou melhor, quase. É rebaixada uma escola atualmente. Mas tira a competição, elas lutam somente pelo melhor patrocínio.
Quando duas ou quatro escolas eram movimentadas entre os grupos, aí sim valorizava a comunidade, o trabalho coletivo. O que temos hoje é um inchaço de escolas nos grupos de acesso, tentando faturar, e isso é muito justo. É negócio. Só que é o espetáculo e a competição que perdem.
Sendo assim, até desfile de 3 dias ininterruptos com 10 escolas no especial não fará diferença alguma.