O programa Disque Denúncia, por meio do Linha Verde, recebeu 23.188 denúncias envolvendo crimes ambientais em todo o Estado do Rio de janeiro no ano passado. O número é quase 23% superior em comparação com 2023. Só em outubro, o canal registrou 2.353 denúncias, mês com maior volume de registros, contra fevereiro, que recebeu apenas 1.484 denúncias.
Por meio das ligações o programa verificou mais de 576 mil m² de área degradada; resgatou mais de 1.500 animais silvestres de cativeiro, além de 100 caranguejos uçá; apreendeu mais de 7 toneladas de carvão, 110 balões e 384 materiais utilizados em sua confecção, além de uma tonelada de tainha pescada em período de defeso. Além disso, 279 rolos/carretéis de linha chilena; 155 quilos de pó de vidro; 10 litros de cola de madeira; e um garrafão líquido de cerol, foram tirados de circulação; assim como redes de pesca. Balsas usadas para extração irregular de ouro e fornos de barro utilizados para fabricação de carvão, foram inutilizados.
No comparativo entre 2023 e 2024, o Linha Verde registrou a elevação de 126% das denúncias sobre queimadas; e 17% no número de maus-tratos contra animais, com 1.365 casos de abandono. Em 2023, foram realizadas 1.271 denúncias – crescimento de 7,39%; 84% de aumento no número sobre lixo acumulado; 53% de avanço de fontes de poluição das águas; 66% de aumento de despejo clandestino de esgoto; além de cerca de 69% a mais no número de denúncias sobre pesca irregular.
Quanto à distribuição territorial, do total de 23 mil denúncias, a população da cidade do Rio de Janeiro foi a que mais denunciou, com 11.343 apontamentos. Grande parte das denúncias estava concentrada nos bairros da Zona Oeste, como Campo Grande, Jacarepaguá, Guaratiba, Santa Cruz e Bangu, que totalizaram pouco mais de 2.700, das 11.343 denúncias.
Outras cidades que se destacaram no ranking foram: Nova Iguaçu (1.280); Duque de Caxias (1.023); São Gonçalo (958); Niterói (708); Petrópolis (641); Maricá (480); Angra dos Reis (394); São João de Meriti (392); e Belford Roxo (386).
Os crimes de maus-tratos contra os animais dominaram as reclamações (13.554); poluição do ar (2.062); extração irregular de árvores (1.664); guarda e comércio de animais silvestres (1.571); e desmatamento florestal (1.334).
Outros assuntos denunciados que também merecem atenção são: construção irregular (1.161); lixo acumulado (944); captação clandestina de água (793); queimadas (696); extração irregular do solo (591); poluição das águas (432); despejo clandestino de esgoto (347); contaminação do solo (342); loteamento irregular (276); aterro de rio/mangue/lagoa (260); desvio de curso das águas (237); caça ilegal de animais (193); balões (192); pesca irregular (86); desperdício de água (73); carvoaria clandestina (28); e comércio ilegal de água (21).
O Linha Verde destaca o número significativo das denúncias sobre as linhas chilenas/cerol, que não entram nesse acumulado do ano. Em 2024, foram 561 informações recebidas sobre o produto.
Ao programa, o cidadão pode fazer denúncias sobre queimadas; maus-tratos contra animais; construções irregulares; caça e guarda de animais silvestres; fabricação e comercialização de cerol; linha chilena e balões; poluição das águas e do solo; extração irregular de árvores; extração mineral; desmatamento florestal; pesca irregular; desvio de curso; comércio ilegal de água; captação clandestina de água; despejo de esgoto clandestino; desperdício de água; rinhas de galo; carvoarias clandestinas; loteamento irregular; contaminação do solo; aterramento de rios e lagoas; e lixo acumulado.
O aplicativo “Disque Denúncia RJ”, por meio do programa Linha Verde, cadastrou 2.577 denúncias.
Como denunciar
Para denunciar crimes ambientais basta entrar em contato através dos telefones (21) 2253-1177 ou 0300 253 1177, que também funcionam como WhatsApp anonimizado – técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa. O app “Disque Denúncia RJ” também recebe denúncias, bem como o site do Disque Denúncia, a FanPage do Linha Verde no Facebook.
