Após plenária realizada nesta quarta-feira (12), a Liga RJ informou que as escolas Império Serrano, Unidos de Bangu e Unidos da Ponte não serão julgadas no Carnaval de 2025, desfilando como agremiações hors-concours, sem serem rebaixadas ou elevadas ao Grupo Especial.
A reunião, que contou com a presença de representantes de todas as escolas de samba da Série Ouro, foi realizada em razão do incêndio que destruiu a Maximus Confecções, em Ramos, Zona Norte da cidade, na manhã desta quarta. No local eram fabricadas fantasias da Série Ouro.
O sinistro comprometeu significativamente os materiais de desfile das agremiações citadas, sendo que a Império Serrano perdeu 97% de suas fantasias, enquanto a Unidos de Bangu e a Unidos da Ponte sofreram perdas de 60% dos seus figurinos e do material reservado para a feitura de novas fantasias.
Por meio de nota, a Liga RJ expressou a sua solidariedade às escolas prejudicadas e reconheceu o esforço e a dedicação dos seus trabalhadores e comunidades para a realização do Carnaval.
A instituição também manifestou especial solidariedade aos feridos no incêndio e disse que acompanha o estado de saúde das vítimas hospitalizadas, além de oferecer a assistência necessária às famílias.
A Liga RJ comunicou ainda que os horários e dias das apresentações das escolas continuam os mesmos. As outras 13 agremiações serão julgadas normalmente. A campeã seguirá para o Grupo Especial no Carnaval de 2026, e as duas últimas colocadas serão rebaixadas para a Série Prata.
Grave incêndio:
Prédio onde funcionava a fábrica pegou fogo no início da manhã. O incêndio teria começado na parte baixa da edificação e se espalhado rapidamente por conta do tipo de material altamente inflamável presente.
Os trabalhadores ficaram acuados no calor e sob a atuação do fogo, sem poder sair. O Corpo de Bombeiros teve dificuldade de entrar no local, por conta da sua arquitetura precária. As vítimas tiveram que ser retiradas pelas janelas.
Ao todo, 21 pessoas ficaram feridas. Todas foram internadas por terem inalado fumaça. Nove pessoas estão em estado grave. Ninguém teve queimaduras. Felizmente, ninguém faleceu.
A fábrica não contava com alvará de funcionamento emitido pelo Corpo de Bombeiros.