Muitas vezes, para se manter viva, a história precisa se renovar. A Igreja de São Francisco da Prainha, uma das construções mais antigas do Rio de Janeiro, é um exemplo disso. Após passar por muitos problemas, o prédio, atualmente, está de pé, firme e forte.
A Igreja foi erguida em 1696. Padre Francisco da Motta ordenou a obra. No ano 1704, pouco tempo após o término da construção, o prédio foi doado aos cuidados da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.
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Alguns anos mais tarde, em 1711, a Igreja de São Francisco da Prainha foi completamente destruída, durante a invasão francesa à Cidade Maravilhosa. A Igreja foi totalmente queimada.
“Até o final desse período, os maiores proprietários institucionais de imóveis nas quatro freguesias centrais da cidade (Sé, Candelária, São José e Santa Rita) eram corporações eclesiásticas. Nesse conjunto de proprietários, a Ordem Terceira de São Francisco da Penitência detinha o patrimônio mais numeroso e precisava zelar por ele”, explicou o historiador William de Souza Martins em entrevista à Revista de História.
Essa primeira reconstrução veio anos depois, em 1738, e ficou pronta em 1740. Foi nesse período que a Igreja ganhou contornos barrocos, presentes no prédio até hoje em dia.
Os anos se passaram e a importância e beleza do templo só foram crescendo. Nos tempos do Império, a Igreja era muito frequentada por nobres cariocas. Nessa época, o mar chegava aos pés das escadas da histórica construção.
Em 1910, uma nova reforma. Nessa obra, foi implantado no interior do templo características góticas. Seu teto é sustentando por colunas deste estilo que se repetem no púlpito, no confessionário e mobiliário da construção.
Vinte e oito anos mais tarde, em 1938, a Igreja de São Francisco da Prainha foi tombada por seu valor histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A virada para o novo século foi cruel para a Igreja. Em 2004, o templo religioso foi interditado pela Defesa Civil. O reboco da fachada e dos cômodos internos estava caindo em vários pontos, deixando expostos os tijolos. E as esquadrias em madeira tinham sido comidas por cupins ou deterioradas pela ação do tempo. Além disso, o teto corria o risco de ruir.
Entretanto, uma nova reforma foi feita e a Igreja de São Francisco da Prainha praticamente ressuscitou após uma das ações de restauração do Porto Maravilha.
Em julho de 2015, o templo passou por uma plástica completa: oratório, painéis e altar foram restaurados e tiveram todas as suas características originais mantidas e o que estava extremamente deteriorado foi reformado. Hoje em dia, a Igreja de São Francisco da Prainha está de pé. Firme e forte.