O bairro, internacionalmente, mais conhecido do Brasil é repleto de histórias antigas e atuais. Copacabana é extremamente importante para muitos momentos e pessoas. É sempre válido destacar um pouco dessas memórias.
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O nome Copacabana é bastante conhecido fora do Brasil. Desde o início, a nomenclatura tem relação com outros países. Entre muitas, algumas versões são mais aceitas para que o bairro, que antes se chamava Sacopenapã (nome tupi que significa “caminho de socós”), fosse batizado com esse nome.
A primeira versão faz referencia à língua quichua, falada no antigo Império Inca. Nesse idioma, Copacabana significa “lugar luminoso”, “praia azul” ou “mirante do azul”.
Outra hipótese diz que o termo é de origem aimará, língua que era falada na Bolívia. O significando é “vista do lago”. Na Bolívia, Copacabana é o nome dado a uma cidade situada às margens do Lago Titicaca, fundada sobre um antigo local de culto inca. Há relatos de que nesse local, antes da chegada dos colonizadores espanhóis, ocorria o culto a uma divindade chamada Kopakawana. Essa divindade protegeria o casamento e a fertilidade das mulheres.
No século XVII, comerciantes bolivianos e peruanos de prata (chamados na época de “peruleiros”) trouxeram uma réplica da imagem de Nossa Senhora de Copacabana para a praia do Rio de Janeiro. Sobre um rochedo, construíram uma capela em homenagem à santa.
Já no século XX, em 1914, a capela foi demolida. Em seu lugar foi erguido o atual Forte de Copacabana, que já teve a história contada aqui no Diário do Rio.
Até o final do século XIX, Copacabana era um local de difícil acesso. Basicamente era um grande areal, onde viviam alguns pescadores. Além deles, lá se encontrava o Forte Reduto do Leme, a pequena Igreja de Nossa Senhora de Copacabana e chácaras e sítios.
Isso começou a mudar em 1892. Com a inauguração do Túnel de Copacabana (hoje Túnel Alaor Prata, mais conhecido como Túnel Velho, a gente contou a história dele aqui), o bairro passou a ter mais integração com o restante da cidade do Rio de Janeiro.
Em 1906 o Prefeito Pereira Passos construiu um dos maiores símbolos do bairro, conhecido mundialmente, seu calçadão.
Décadas depois, outra inauguração mudou a história de Copacabana. Em 1923, começou a funcionar, na Avenida Atlântica, o Hotel Copacabana Palace, que se tornou um dos símbolos do bairro e da cidade (conheça a história dele). O túnel integrou à cidade à Copacabana. O hotel juntou o mundo ao bairro.
Entretanto, anos antes, Copacabana já havia ligado o Brasil ao restante do mundo:
“Depois de muitas concessões que não deram em nada, a 16 de agosto de 1872, o Decreto 5.058 concedeu ao Barão de Mauá o privilégio, por 20 anos, para lançar cabos submarinos e explorar a telegrafia elétrica entre o Brasil e a Europa através da Brazilian Submarine Telegraph Company. Os trabalhos começaram num terreno desmembrado da Fazenda de Copacabana, na praia das Pescarias, atual Posto Seis. Entre cajueiros e pitangueiras foram construídas duas casas, uma por onde passava o cabo submarino e a outra, ao lado, para os funcionários, era a casa dos ingleses. De Copacabana , em junho de 1874, o Brasil passa a ser ligado à Europa por esse cabo submarino”, informa o site de pesquisa UMRIO.
Já nos anos 1970, muitas obras foram feitas no bairro. Essas reformas ajudaram a deixar Copacabana com a cara que tem hoje em dia. Imagem essa que é frequentemente veiculada em várias partes do planeta. Em especial a reforma do Calçadão, que ganhou o sentido atual, paralelo à calçada.
Duas décadas depois, mais precisamente em 1992, começaram os shows no réveillon do bairro – outra marca registrada de Copacabana. A estreia desse evento foi com Jorge Benjor e Tim Maia.
São incontáveis os artistas, políticos, intelectuais e pessoas influentes que moram ou moraram em Copacabana. O bairro também é muito forte quando o assunto é cultura, arte. Já aconteceram muitos eventos de grande porte na praia do bairro, além de tudo o que rolou no Palace. De acordo com Ruy Castro, no livro “Chega de saudade”, a bossa nova nasceu em Copa.
“Copacabana o mar eterno cantor/ Ao te beijar ficou perdido de amor/E hoje vive a murmurar só a ti/ Copacabana eu hei-de amar”. Essa música é uma merecida declaração à famosa Princesinha do Mar.
Bom artigo Felipe, gostei. MAS! Tem um senão.
A música citada no final do artigo não é de Tom Jobim nem de Billy Blanco.
É sim do Braguinha e do Alberto Ribeiro.
Se assim entenderes, podes fazer um pequeno adendo sobre a autoria da obra.
Obrigado.