A região metropolitana do Rio de Janeiro é a segunda maior em densidade demográfica do Brasil. Das 16 regiões metropolitanas só perde para a de São Paulo que apresenta 2.476,82 habitantes por km². No caso fluminense são 1.773,16 habitantes por km².
Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano – Municipal, a região metropolitana do Rio de Janeiro aparece na 9ª posição entre as 16.
São Gonçalo, o maior município do leste metropolitano com 999.728 habitantes conforme o Censo 2010, apresenta uma densidade demográfica de 4.011,64 habitantes por Km². Outro dado é o fato do município possuir a maior população flutuante do Estado do Rio de Janeiro e a segunda do país. São 120 mil pessoas que se deslocam todos os dias de São Gonçalo para Niterói seja por trabalho, estudo ou ambos. Em primeiro está Guarulhos, com 146,30 mil pessoas que se deslocam para a cidade de São Paulo e em terceiro, Duque de Caxias, com 119 mil pessoas se deslocando diariamente para a cidade do Rio.
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi criada pela lei nº 20 de 1974. Composta por 21 municípios, possui taxa de urbanização de 99%. Sua população residente equivale a 75% da população do Estado do Rio de Janeiro.
Desde os tempos do império que se cultiva o sonho de ligar o Rio a Niterói através de um túnel sob a baia de Guanabara. Há informações sobre os estudos geológicos que confirmam a viabilidade desta obra.
A ligação metroviária entre São Gonçalo, passando por Niterói, indo até o centro do Rio, mais precisamente até a Estação do Metrô Carioca, não apenas aliviaria o sofrimento de milhares de pessoas que passam uma a duas horas, diariamente, dentro de um ônibus para chegarem ao trabalho. A redução desse tempo de viagem significaria mais qualidade de vida, menos perdas econômicas, para empresas e empregados e mais possibilidades de investimentos. Como o custo de vida é menor no leste metropolitano, certamente inúmeras possibilidades para novos negócios surgiriam a partir da extensão do metrô com a Linha 3.
A Linha 1A que ligará Ipanema ao Jardim Oceânico na Barra da Tijuca tem uma estimativa de 300 mil passageiros por dia. A Linha 3, para São Gonçalo, já em 2005 apontava para 180 mil passageiros por dia a mais, ou seja, 480 mil.
A Linha 3 é um sonho que vai sendo adiado, ano após ano, governo após governo, independente do espectro ideológico que esteja no poder, quando já deveria ter sido tirada do papel pela importância não apenas sob aspecto da mobilidade mas porque seria um impulsionador do desenvolvimento social da região.
O Metrô não é uma empresa municipal, é estadual. Porém, sua malha concentra-se dentro da circunscrição do município do Rio de Janeiro. A demanda de passageiros na capital é alta, a extensão da malha metroviária é insuficiente para atender os cariocas e necessita de constantes investimentos. Por outro lado, a região metropolitana apresenta duas, das três maiores populações flutuantes do país, totalizando 239 mil pessoas que se deslocam diariamente. Neste cenário temos Duque de Caxias e São Gonçalo que juntos, totalizam quase 2 milhões de habitantes. Além desses dois municípios, a região tem outros municípios populosos que precisam estar integrados a um sistema de alta capacidade que atenda com segurança, qualidade e eficiência os usuários.
Diante este cenário, se faz necessário que a prefeitura do Rio comece a participar efetivamente da expansão do metrô em parceria com o governo estadual. Os dois entes precisam se comunicar não apenas sob aspectos urbanísticos, de implantação e integração dos modais, mas também sob aspectos financeiros. O metrô atende apenas o município (capital) e não recebe investimentos dos cofres municipais, enquanto isso não há sinais de que sairá do papel a Linha 3 que há décadas possui um projeto pronto para ser realizado e uma grande demanda de usuários aguardando já tem inclusive a sua estação de integração pronta sob a Estação Carioca.