Hoje quero conversar com você sobre o voluntariado na Olimpíada. Uma de minhas atividades na Rio 2016, foi buscar entender melhor o trabalho de voluntários estrangeiros. Devo confessar que fiquei surpreso.O que leva uma pessoa a pagar um bilhete aéreo e muitas vezes hospedagem para trabalhar no verdadeiro sentido da palavra sem ganhar nada? Vamos a algumas vivências e considerações.
Acompanhei a ida de um voluntário norte-americano ao setor de credenciamento e retirada de uniformes. Minha primeira surpresa, a pessoa que o atendeu no credenciamento não falava inglês e tive que traduzir. Posteriormente, na outra sala onde eram entregues as credenciais, o voluntário que nos atendeu dominava apenas o português. Embora não tenha entrada com o mesmo no setor de uniformes, o mesmo me relatou da dificuldade que teve novamente pelo não domínio do inglês por parte dos que atendiam.
Soube que quando o voluntário deseja uma boa colocação, deve participar previamente dos pré-eventos. Nosso voluntario, embora o desejasse, não conseguiu em função da burocracia do Consulado brasileiro que exigia uma carta formal dos organizadores para conceder um visto de trabalho, segundo me disse nosso personagem. Não aceitaram as trocas e e-mails ….
Quando você chega no meio do evento, a situação ainda é mais difícil, embora, já recebam previamente a escala de trabalho, devem se dirigir a um supervisor na chegada. O mesmo não falava inglês e não pode explicar exatamente as funções que deveriam ser exercidas. Duro,não é mesmo? No entanto, já habituado a outras Olimpíadas, nosso personagem conseguiu trabalhar.
São 5 horas aproximadamente por dia, com um intervalo de quinze minutos. Podem almoçar ou jantar e a qualidade das refeições é excelente. hÁ snacks e refrigerantes nos intervalos. É bom lembrar que não podem sair do local para onde foram designados e ficam algumas horas em pé, sem ter o que fazer, esperando as competições.Tal a falta de gente que fale inglês que ele usa, pela primeira vez nas quatro OlimpÍadas que participou a informação :”I speak English” na credencial.
O bom, segundo ele, é o dia livre que tem,a possibilidade de encontrar pessoas do mundo inteiro, de conversar e interagir ,falar com atletas importantes e seus treinadores, conhecer uma cidade no tempo livre já que recebem um RioCard de transporte,pelo que entendi para 4 viagens diárias.
Pessoal,foi muito bom acompanhar a vida do voluntario e espero que possam aprender um pouco mais com meu post e os organizadores aprimorarem seus procedimentos…. Um abraço