Não entendo a razão do prefeito do Rio precisar de uma residência oficial, afinal, é esperado que ele já more na cidade. E não é como se ele e a família precisasse de uma grande “staff“, diferente de um presidente ou um governador, a questão da segurança nem é tão importante. Então é bem saudável uma iniciativa do prefeito eleito Marcelo Crivella (PRB), que decidiu não mudar com sua família para a Gávea Pequena.
O imóvel que fica no Alto da Boa Vista, é de meados do século XIX, e foi vendida em 1916 para o então Distrito Federal (o Rio era Capital do Brasil), inicialmente era para ser uma colônia de férias, só que acabou virando casa de veraneio de prefeitos, governadores e presidentes. E em 1985 virou residência oficial do prefeito do Rio, desde esta época apenas Luiz Paulo Conde não morou no local.
O casarão em estilo chalé romântico tem decoração austera, sendo o máximo de ostentação um quadro de Di Cavalcanti de 1961 que decora a sala de jantar para dezesseis pessoas sentadas e um piano de cauda francês da marca Pleyel. Até os quartos (oito) são sóbrios. A casa tem sala de cinema, sala de estar com lareira, sala de jogos e sauna. A construção é cercada por jardins de Roberto Burle Marx, tem piscina, quadra de tênis, campo de futebol, casa na árvore para as crianças, cachoeira, capela, horta e uma imensa criação de patos, marrecos, galinhas exóticas, coelhos e pavões. A propriedade inclui, ainda, 131 000 metros quadrados de Mata Atlântica.
De acordo com a coluna Expresso/Época, Crivella ainda não sabe a destinação que dará para o local. Que tal vender? Afinal, prefeito não precisa de residência oficial e para eventos mais formais tem o Palácio da Cidade, em Botafogo.