Samba do Rio: Marginais do Samba

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Por Bernardo Moura

Paulo Fernandes Viana Engraçado que os últimos acontecimentos com os agentes da Supervia, me lembrou o surgimento do samba. A falta de preparo na orientação junto aos civis é tamanha, que aconteceu igualzinho há uns bons anos atrás. Lá no início do século XIX. Vamos à história.

 

Na época que D. João aportou por aqui com sua família e inteira corte com mais de 15 mil pessoas, fugia de medo de Napoleão Bonaparte. Ficaram por aqui 13 anos. A cidade estava inchada, composta basicamente por escravos e portugueses, que conviviam em desarmonia nas terras tupiniquins. O índice de criminalidade atingiu raios e cometas, ocorrendo até 22 assassinatos numa noite!

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D. João, então, parou de comer franguinhos e contratou um agente civilizador para ordenar a bomba. O cara fazia desde instalar iluminação, canos de esgotos e água, até a total vigilância nas ruas. Qualquer barulho que pudesse atrapalhar a paz e a tranquilidade dos cidadãos era motivo de suspeita. O tal agente era o advogado e intendente geral da polícia, Paulo Fernandes Vianna.

Vianna, como não podia promover a paz sozinho, estruturou uma forte equipe, que ficou famosa por sua truculência para com os "bagunceiros". O principal deles era o major Miguel Nunes Vidigal. Um dos que ficavam à espreita nas esquinas cariocas, pronto para chicotear e prender os participantes de rodas de capoeira, samba etc. Vidigal, mais tarde, iria receber como recompensa por seus serviços um terreno no pé do Morro Dois Irmãos.

 

Chicotada Por isso o flashback. Os chicotes de outrora foram trocados por crachás. Acrescidos com socos e pontapés. Nos sites e nos jornais televisivos mostraram que de acordo com o diretor da concessionária SuperVia, sr. José Carlos Leitão, estas pessoas são marginais. E os do samba, também eram. Os do funk também o são?

 

A falta de noção e bom senso permanece através dos tempos. E não mudou nada. É necessário um esclarecimento das partes urgente.

 

Mal ou bem o que me conforta é que os agentes civilizadores ferroviários foram demitidos. Ou será que deveriam ganhar terreno em encosta?

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Pessoal, uma dica. Neste mês de abril, acontece um evento que valha a pena não perder. “Cavaquinho Delicado – tributo a Waldir Azevedo” contará a história deste famoso gênio do cavaquinho, que imortalizou o chorinho. A homenagem terá exposições, videodocumentários e talk-shows. Tudo isso no teatro SESI na Av Graça Aranha, 1- Centro. Informações: 2563-4163. Ingresso: 2 reais (inteira).

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Falando em chorinho, na próxima quarta feira (dia 22 de abril), é o Dia Nacional do Choro. Já vai se programando, pois na cidade acontecerá várias festividades neste dia. E você não poderá ficar fora desta.

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