Toque de recolher é o nome dado a uma situação onde uma autoridade ou um governo determina que os indivíduos não podem circular nas ruas após uma determinada hora do dia. O nome deriva do toque de sirene que, em época de guerra ou em guarnições militares, informa às pessoas sobre o momento em que devem retornar ao lar ou alojamento.
Embora estejamos, teoricamente, em uma democracia, com liberdade de ir e vir garantida pela Lei, temos no Rio de Janeiro, já há alguns anos, um toque de recolher que se impõe pela força de “autoridades criminosas”. Traficantes e/ou milicianos determinam limites de horário para a circulação de pessoas ou o funcionamento do comércio em certas localidades. Tudo isso dentro de áreas que deveriam ser de jurisdição do Estado do Rio de Janeiro.
Mas agora temos um novo toque de recolher, inédito, uma “inovação carioca”. É o toque de recolher voluntário. Isso mesmo, as próprias pessoas determinam um horário limite e se abrigam em seus lares, deixando as ruas vazias. Os cariocas estão voltando pra casa mais cedo e sendo obrigados a se organizar, até mesmo pelas redes sociais, para se deslocar pelas ruas em grupos, visando se proteger de possíveis assaltos ou coisa pior.
Se não pudermos respeitar nosso toque de recolher voluntário naquela sexta-feira, quando o amigo faz aniversário e vai comemorar no barzinho, voltamos para casa com medo, avançamos os sinais de trânsito e já levamos conosco o “celular do bandido”, um aparelho mais velho que, caso seja roubado, nos dará menos prejuízo.
Como diz a letra da música ‘Minha Alma’ do grupo carioca ‘O Rappa’, “as grades do condomínio são pra trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que tá nessa prisão“. Não podemos mais usufruir de nossa própria liberdade ou dos pertences que adquirimos com muito esforço em 10 prestações. A sirene tocou no pensamento. Hora de se esconder em casa.
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