Se a Lava Jato e o TSE deixarem, o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes, será candidato a governador do Rio de Janeiro em 2018 pelo Democratas de Rodrigo Maia e do ex-prefeito, Cesar Maia. Coisas da política, quando Paes estava na Prefeitura eram ferrenhos opositores de Paes, Rodrigo, inclusive, foi adversário dele na eleição de 2012. Para piorar, assim que assumiu a Prefeitura do Rio, Eduardo fez de tudo para criticar o prefeito anterior, seu mentor, Cesar Maia.
Paes estava procurando um partido para chamar de seu, especialmente depois que o PMDB, digo, MDB derreteu no estado do Rio. As maiores lideranças do partido encontram-se presas, Eduardo Cunha, Sergio Cabral, Paulo Melo e Jorge Picciani (este em prisão domiciliar), e ele queria se distanciar deles. Difícil, como disse o ex-governador em exercício, Luiz Fernando Pezão, aonde ele for vai ter uma foto de Paes com alguém do MDB.
Ele tentou o PSDB, onde os tucanos do Rio levantaram suas plumas para não ter ele em seu ninho e o mensaleiro PP. Mas acabou indo parar em sua antiga casa, o DEM de onde saiu para ir, na época PFL, para os tucanos que agora o renegam. O Democratas poderá usar seu palanque, e seu enorme cacife eleitoral, para eleger mais deputados federais, o que significa tempo de Tv e ainda servir para tentar alavancar uma potencial candidatura de Rodrigo Maia a presidente da República.
Entretanto, há de notar que hoje Paes encontra-se inelegível e não pode ser candidato a nada. O recurso ainda não foi votado no TSE, o que deve acontecer em breve. E ainda se soma que, ao que dizem, a Lava Jato está se aproximando cada vez mais dos atos de seu governo, seu ex-secretário de obras, inclusive, encontra-se preso. E se na Prefeitura de Paes houve 1% do que aconteceu no Estado de Cabral, talvez a inelegibilidade será o menor de seus problemas.