Em entrevista ao jornal O Globo, na coluna da Marina Caruso, o empresário Roberto Medina falou sobre questões importantes. Entre elas, ele comentou o carnaval carioca.
Quando questionado se assumiria o comando da festa algum dia, ele deixou claro que isso pode acontecer, mas que precisaria mudar muita coisa. Entre elas, a questão financeira.
“Está tudo errado. Nenhuma empresa internacional séria, com compliance, vai patrocinar um evento sem saber a origem do dinheiro que gira ali”, disse Medina, que logo em seguida foi questionado se o Carnaval precisa de uma investigação nos moldes da Lava-Jato e respondeu que sim.
“É o jeito. Não tem mais como empurrar com a barriga. As empresas importantes têm um norte, um código que não permite que compactuem com certas coisas. Assim como o réveillon, o carnaval é uma festa espontânea, que cresceu desarrumada. Não pode ter intervalo de 15 minutos entre as escolas, tem que ter um show no meio, fazer direito e bonito, pra ser importante para a prefeitura, para o estado e para a TV que transmite. É tão simples, meu Deus do céu… Um investimento de R$ 200 milhões não é nada. O estado tem R$ 40 bi de receita. A prefeitura, R$ 26 bi. Não falta dinheiro, falta a compreensão de que transparência e organização são fundamentais. Está tudo pronto, porra: o aeroporto, a avenida, o metrô. Não vou sossegar enquanto não fizer essas coisas acontecerem”, retrucou o empresário.
O carnaval protagonizado pelas escolas de samba este ano está com grandes dificuldades. As agremiações sentem o corte de investimento da prefeitura, entre outras questões. Recentemente, o gerente do Sambódromo foi demitido.