Todas as sextas, termino a crônica da semana para este Diário do Rio – que entra no portal e nas redes sociais aos sábados. Na semana passada, meu tema estava decido: a falta de chuvas no Rio de Janeiro. Prestes a acabar o texto, choveu. Molhou meu papel de cronista.
Parece que a chuva veio para me sacanear. Só choveu na sexta e, embora tenha caído chuva forte em muitos locais, foi por pouquíssimo tempo. De lá para cá, mesmo precisando muito, não caiu mais água do céu.
No auge da minha insignificância neste mundo composto por muito mais água que sol, fiquei me sentindo responsável pela chuva que caiu semana passada. Eu sei que não sou São Pedro, mas deixem eu sonhar com gotas frescas caindo do céu. Calor é legal, no entanto, tudo em excesso faz mal. Por isso, resolvi escrever sobre o mesmo assunto.
Talvez, eu usando o tema aqui outra vez, a chuva molhe novamente a Cidade Maravilhosa e eu afogue o tema de uma vez por todas. Estou contando com isso. Contudo, como dizem, uma andorinha não faz verão. Um cronista só, tampouco, faz inverno.
Convoco, então, os leitores deste Diário a praticarem suas simpatias para ver se a chuva cai o quanto antes. O calor pode, e deve, voltar depois, porém, umas chuvinhas entre os dias de sol fazem muito bem. Até o astro rei precisa de folga.
Vale tudo, gente, inclusive dança da chuva, praticada, há séculos, pelos índios do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. Encerro aqui esta crônica suada. Já ouço os trovões.