Desde o trágico incêndio no Museu Nacional, que aconteceu em setembro do ano passado, o espaço passa por um processo de reconstrução. Contudo, é preciso recurso para tal. Até o momento, foram arrecadados R$ 1,1 milhão. De acordo com o diretor do Museu, Professor Alexander Kellner: “O total necessário para custear a reconstrução é de US$ 100 milhões”.

“No total, foi arrecadado R$ 1,1 milhão. A maior parte da ajuda veio do exterior. Os maiores doadores foram o Governo alemão, com R$ 800 mil, e o consulado inglês com R$ 150 mil. Aproximadamente 90% do valor arrecadado vieram do apoio de pessoas físicas. As contribuições das empresas somaram R$ 15 mil. O total necessário para custear a reconstrução é de US$ 100 milhões. As obras, em andamento, foram viabilizadas a partir da liberação, pelo Ministério da Educação, de R$ 10 milhões para os trabalhos mais urgentes. Precisamos, ainda, urgentemente, arrecadar mais R$ 1 milhão para investimento no trabalho de resgate, realizado dia a dia no Museu Nacional. Esse valor adicional é fundamental para adequações emergenciais e compras de equipamentos e materiais para o resgate, como caixas e contêineres”, disse Alexander Kellner.

Para doar, segundo o Professor Alexander Kellner, o procedimento é bem simples: “Todos podem doar para o Museu Nacional. A Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN) abriu uma conta para receber doações destinadas à instituição. Os recibos de doações para pessoas físicas e jurídicas serão emitidos pela SAMN, entidade de utilidade pública, reconhecida no Estatuto dos Museus e que, há mais de 80 anos, apoia ações e projetos do Museu Nacional. Após o depósito, o doador deve enviar por e-mail uma cópia digitalizada do comprovante de depósito para: sosmuseunacional@samn.org.br. A conta 60.618-9 foi aberta na agência 3010-4 do Banco do Brasil. O CNPJ da SAMN é o 30024681/0001-99”. Mais informações no site da SAMN.

Até o momento, a Catedral de Notre-Dame Catedral, em Paris, na França, teve prometidos cerca de R$ 3 bilhões em doações para sua reconstrução. Alexander Kellner comentou essa questão:

“Ficamos muito sensibilizados com a reação da sociedade francesa logo após o incêndio na Notre-Dame. Uma atitude que contribuirá decisivamente para a reconstrução de um dos mais importantes monumentos do mundo. E, claro, nos dá a esperança de que, quem sabe, a tragédia francesa possa estimular as empresas brasileiras a doarem. No Brasil, infelizmente, ainda não existe uma cultura de doação. Além disso, não existe em nosso país uma política de incentivos com nos Estados Unidos e em países europeus. E para completar, existe uma desconfiança no Brasil sobre o destino das doações. No caso do Museu Nacional, o doador pode ficar tranquilo: a Associação Amigos do Museu Nacional é o lugar certo para receber esse tipo de doação. Nós pretendemos, inclusive, em breve, tornar público os valores e os destinos das doações. Também vamos elaborar projetos específicos como a abertura do Horto Botânico, na Quinta da Boavista, para a visitação dos alunos das escolas do Rio de Janeiro”.

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