Um parlamento sempre tem aqueles deputados ou senadores mais importantes, que trazem para ambas as casas um debate melhor. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) faz todos os anos uma publicação com os 100 parlamentares cabeças e esse ano não foi diferente.
. Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, um “Cabeça” está a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo.
O DIPA criou 5 categorias para os parlamentares: 1) debatedores; 2) articuladores/organizadores; 3) formuladores; 4) negociadores; e 5) formadores de opinião. As classificações não são excludentes. Assim, um parlamentar pode, além de sua habilidade principal, possuir outras secundárias.
O Rio de Janeiro tem 7 parlamentares na lista, o que o deixa em 4º na lista, apesar de empatado com Minas, Bahia e Rio Grande do Sul. E está atrás de São Paulo, 22 parlamentares, Pernambuco, 10 e Paraná, 8. Veja quem são os do Rio:
- Alessandro Molon (PSB) – Debatedor
- Áureo Ribeiro (Solidariedade) – Articulador
- Glauber Braga (PSol) – Debatedor
- Jandira Feghali (PCdoB) – Debatedor
- Marcelo Freixo (PSol) – Debatedor
- Rodrigo Maia (DEM) – Articulador
- Flávio Bolsonaro (PSL) – Articulador
Dos 7, 3 aparecem pela 1ª vez, Freixo e Flávio Bolsonaros, que estrearam no Congresso este ano, e Áureo Ribeiro. Também é bom ressaltar que, com exceção de Flávio, nenhum dos outros parlamentares são da base do presidente no Congresso, incluindo 4 que são forte oposição ao Bolsonaro. E das 5 categorias, o Rio de Janeiro só possui a dos debatedores e dos articuladores.
Comparado com os cabeças de 2018, o Rio de Janeiro perdeu 5 parlamentares influentes:
- Chico Alencar (PSol) – disputou e perdeu o Senado
- Julio Lopes (PP) – não foi reeleito
- Lindbergh Farias (PT) – não foi reeleito
- Miro Teixeira (REDE) – disputou e perdeu o Senado
- Wadih Damous (PT) – não foi reeleito
O Rio também tem 5 parlamentares em ascensão, aqueles que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se desincumbindo bem delas. Estão também nessa categoria os parlamentares que têm buscado abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento. Integram esse grupo, ainda, os deputados ou senadores que já fizeram parte dos “Cabeças” mas, por razões circunstanciais, perderam interlocução.
- Benedita da Silva (PT)
- Marcelo Calero (Cidadania)
- Paulo Ganime (NOVO)
- Paulo Ramos (PDT)
- Soraya Santos (PL)