Hoje em dia, ele é pouco visível e não causa muito orgulho à população do Rio de Janeiro. Entretanto, o Rio Carioca é fonte de muitas memórias passadas da Cidade Maravilhosa.
Desde os tempos da colônia, o Rio Carioca se fez importante para a Cidade. Até antes disso, pois ele era fundamental para a população indígena que vivia por aqui nos séculos passados.
Em 1503, na sua foz, onde hoje é a Praia do Flamengo, foi construída uma casa. Essa edificação, erguida a mando de Gonçalo Coelho – navegador português que comandou expedições que vinham da Europa para o Brasil -, entrou para a história do Rio de Janeiro.
“Dessa construção vem uma versão sobre o nome do Rio. Os índios Tamoios que viviam na região passaram a chamar essa casa de ‘akari oka’, que significa ‘casa de cascudo’. O nome ‘cascudo’ era um dos apelidos dado pelos índios aos portugueses, por causa da semelhança entre as armaduras dos europeus e as placas características do corpo desse tipo de peixe [o Cascudo]. Outra versão sobre a origem do nome do Rio é que uma aldeia, que ficava no sopé do outeiro da Glória, se chamava Karîoka, que significava ‘casa de carijó’” conta o historiador Maurício Santos.
O processo de desvio e canalização do Rio da Carioca começou nos séculos XVII e XVIII, durante a construção do Aqueduto da Carioca – que ficou pronto no ano 1750. Esse aqueduto alimentava inúmeras fontes e chafarizes da Cidade. Uma das principais fontes ficava na atual Rua da Carioca e deu origem à denominação do Largo da Carioca, que além de fonte era ponto de encontro da população.
Os séculos foram passando e o Rio Carioca sumindo dos olhos da população. Desde 1905, após obras de urbanização do prefeito Pereira Passos, o Carioca corre subterrâneo na maior parte de seu curso. Na época, a intenção era prevenir inundações, que, de fato, eram frequentes.
Outro problema, além das inundações, é a poluição do Rio. Problema que nunca foi combatido da forma certa. O resultado é o que vemos nos poucos trechos onde o Rio Carioca é visível.
“Se você joga esgoto, você reduz o rio a uma única função: transportar esgoto”, afirmou, em entrevista ao site da EBC, o engenheiro e professor da Fiocruz, Alexandre Pessoa, que fez um estudo sobre o manancial, quase inteiramente poluído pelo esgoto e lixo lançados pelas edificações localizadas no seu entorno.
No ano de 2003, começou a entrar em operação uma estação de tratamento de efluentes na foz do Rio, na Praia do Flamengo.
O Rio Carioca nasce aos pés do Cristo Redentor, no morro do Corcovado, e corta as favelas Cerro-Corá, Vila Cândido e Guararapes e os bairros do Cosme Velho, Laranjeiras e Flamengo. Ele tem 7,1 quilômetros de extensão. Apenas a cabeceira, dentro da Floresta da Tijuca, permanece preservada, limpa.
O Rio atravessa, a céu aberto, uma área onde há diversos pontos clandestinos de despejo de esgoto. Em seguida, desaparece, passa subterrâneo até ressurgir no Largo do Boticário, entre os bairros de Santa Teresa e Cosme Velho. A partir deste ponto, o Rio some de novo e só reaparece na foz. Contudo, o Rio Carioca nunca sumiu e nem sumirá da história da Cidade Maravilhosa.
[…] – Disponível em: < https://diariodorio.com/historia-do-rio-carioca-2/ > Acesso em: […]
Gostaria primeiramente de parabenizar você Felipe pelas histórias interessantes do nosso Rio de Janeiro e dizer que essa série de história do Diário do Rio deveria ser todo dia um assunto novo, pois assunto que não falta para nossa cidade principalmente no Centro da cidade…Ruas históricas, prédios históricos, personalidades históricas, tudo no Rio de Janeiro é histórico e faz a autoestima do carioca melhorar, pois precisamos muito pelo nosso passado recente…