Fez-se a luz. E, da luz, fez-se a arte. Tendo a luz a sua claridade em meio ao ambiente escuro das salas fechadas, esculturas e instalações têm a iluminação como base e ponto de partida para a criação de cores, formas e movimentos, na exposição Light Art Rio, em cartaz no Oi Futuro do Flamengo até este domingo, 28/07, com entrada gratuita.
Em 3 pisos do centro cultural, no Flamengo, a mostra reúne obras de três artistas, todas elas com a luz como elemento principal de criação, em trabalhos multidisciplinares, combinando técnicas que passam por artes plásticas, vídeo e programação gráfica, além, é claro, do próprio light design.
A curadoria é de Fernanda Vogas, que aponta a mostra como a primeira exposição de light art no Rio de Janeiro. “Os visitantes experimentarão a luz em suas diversas formas sensoriais e especiais”, ressalta ela, no guia de apresentação do Light Art Rio.
Com a luz como elemento comum, os artistas e suas obra têm inspirações e características bem diversas, especialmente quanto às formas de arte e técnicas utilizadas nos trabalhos de cada um deles, como vemos agora, um por um.
Águas, Bússula e Água Viva – Alexandre Mazza
Com três obras criadas desde 201s, e distribuídas entre o quatro e o quinto piso, Alexandre Mazza lança seu foco sobre a água. Na série de vídeos “Águas I, II, III e IV”, deste ano, ele dá sequência a “Água Viva”, que reflete sobre a relação entre natural e artificial, e Bússula, inspirada no Salar de Uyni, maior planície de sal do mundo, localizada na Bolívia.
Sistema Circulatório – Anaisa Franco
No centro do quarto piso do Centro Cultural Oi Futuro, a artista reproduz, em um globo, o mapa do tráfego de todas companhias aéreas do mundo, com dados de tempo real.
Trata-se do “Sistema Circulatório”, em que luzes avermelhadas dão cor às rotas, que acendem e se apagam na mesma proporção de intervalo dos horários dos voos internacionais.
Com a transformação dos voos em veias, Anaisa Franco, de São Paulo, faz uma analogia entre a circulação sanguínea, que distribui nutrientes e oxigênio pelo corpo humano e o transporte aérea, que conecta pessoas e culturas.
A Cor Que Habito – Carmen Slawinski
Criada especialmente para a Light Art Rio, “A Cor Que Habito” tem mais de mil fios branco de lã esticados no segundo piso, onde a pintora e light designer Carmen Slawinski programou luzes a partir das primárias azul, vermelho e verde que, ora são projetadas sozinhas, ora se misturam em diversas combinações, gerando outras cores, pelas quais os visitantes passeiam, em um ambiente imersivo.
“É um situação sensorial. E estou propondo que as pessoas se coloquem dentro da luz. Para ter essa imersão não só na luz que está te banhando, mas nas sensações que ela te traz”, resume a artista.
Light Art Rio
Centro Cultural Oi Futuro. Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo. Tel.: 3131-3060. Obras sob curadoria de Fernanda Vogas. De terça a domingo, das 11h às 20h. Até 28 de julho. Entrada gratuita. https://oifuturo.org.br/evento/light-art-rio