Comédia de ficção baseada em um mundo sem a memória dos Beatles chega aos cinemas nesta quinta (29), em um meio de semana digno de final, com novo trhiller de Luc Besson, clássicos do teatro em cartaz w comemorações dos 15 anos do álbum de estreia do Mombojó e dos 1960 anos de vida de Sombrinha. E muito mais.
Seus problemas acabaram!
Volta e meia, os ingleses imaginam como o mundo seria sem a memória das maiores obras ícones. Em “Admirável Mundo Novo”, em 1932, Aldous Huxley (—) descreve um futuro em que não há mais livros de William Shakespeare (—), porque a diversão é cada vez mais acessível e mais barata, soterrando toda a cultura mais densa, com a qual ninguém mais se importa, preocupando-se apenas em se anestesiar de droga (a “soma”) e entretenimento descartável.
Curiosamente, trata-se de um cenário que, décadas depois, foi pintado apocalipticamente sobre o rock’n’roll e sua produção. Futilidades à parte, porém, esse novo mundo acabou contrariando tais previsões distópicas e dando terreno a criações que, se ainda estão há alguns séculos de se perpetuarem como Shakespeare, já se consolidaram em marcos tão fortes e perenes (e de qualidade) da cultura ocidental que sua ausência modificaria boa parte de seu panorama.
É com esse espírito, mas na base do humor, que o roteiro de Richard Curtis (“Quatro Casamentos e um Funeral”, “Um Lugar Chamado Nothing Hill”) se desenvolve em uma situação na qual, após um apagão global, ninguém mais se lembra das músicas dos Beatles nem de suas músicas.
Ninguém, exceto Jack Malik (Himesh Patel). Um cantor e compositor sem sucesso, depois de ser atropelado por um ônibus, ele se recupera e toca “Yesterday” – que dá nome ao filme – para seus amigos, ficando surpreso ao notar que nenhum deles conhecia mais a canção, nem seus autores.
Encorajado pela amiga Ellie (Lily James), ele tenta e consegue se apresentar em um programa de TV, onde Ed Sheeran – no papel de si mesmo – o desafia para um duelo de composição. Jack apresenta “The Long and Winding Road” como de sua autoria e vence o astro, despontando para o estrelato.
O filme dirigido por Danny Boyle (“Traisnpotting”, “Quem Quer Ser Um Milionário?”) segue com uma viagem de Jack por Liverpool, onde ele tenta se lembrar de mais músicas dos Beatles, em locais como Penny Lane e o orfanato Strawberry Field.
Mais do que isso já seria spoiler – mas, para quem quiser saber o final de antemão, basta fazer um Google. Digo apenas que o veterano Robert Carlyle (já dirigido por Boyle, como o Francis Bebgie, de “Trainspotting” faz um papel bem significativo.
+Mais filmes:
Anna – O Perigo Tem Nome dirigida por Luc Besson (“Nikita”, “O Profissional”, “O Quinto Elemento”, “Lucy”), bem em sua linha entre ação e suspense, essa produção franco-inglesa traz Sasha Luss no papel de uma top model que, por trás da fama, atua como uma das mais bem treinadas assassinas da KGB. Insatisfeita e amargurada, ela tenta se livrar da “profissão” – e do governo russo.
Minha Lua de Mel Polonesa com um bebê recém-nascido, Anna (Judith Chemla) e Adam (Arthur Igual) são dois franceses de origem judaica. Convidados para uma celebração no vilarejo onde o avô de Adam mora, no interior da Polônia, cada um e reagem de maneira bem diferente. Comédia.
Verão de 84. Davey (Graham Verchere) e os amigos suspeitam de que Mackey (Rich Sommer) seja um serial killer, que estaria matando as crianças do bairro, e se expõem ao perigo para investigá-lo.
Bacurau. Em mais uma atuação de Sônia Braga sob direção de Kleber Mendonça Filho, moradores de um pequeno povoado no Sertão descobrem que ele não existe mais oficialmente nos mapas e que estão sendo atacados
O Amor Dá Trabalho
Preso no limbo, após morrer, o malandro Ancelmo (Leandro Hassum) precisa fazer uma boa ação para conseguir um lugar no céu: unir um homem e uma mulher muito diferentes, interpretados por Bruno Garcia e Flávia Alessandra.
A Mulher do Meu Marido. Joana (Luana Piovani) descobre que está sendo traída pelo marido Pedro (Paulo Tiefenthaler). Depois, dá o troco com o argentino Martín (Francisco Andrade) e acaba percebendo que a mulher dele, Pilar (Aylin Prandi) é a amante de Pedro. Tem alguma chance de prestar?
+Mais:
Música
Mombojó. Sucesso imediato, independente e perene, o álbum de estreia da banda recifense, “Nadadenovo” é lembrado e tocado na íntegra, em seu aniversário de 15 anos de lançamento, com direito a duas datas (29 e 30), na Tijuca, dentro do Festival Levada. Felipe S. (Voz e principal compositor), Marcelo Machado (guitarra), Vicente Machado (bateria e sampler), Chiquinho Moreira (teclados e samplers) e Missionário José (baixo) tocam com o auxílio luxuoso de Daniel Montes (cavaquinho e violão de sete cordas) e Gabriel Izidoro (flauta e escaleta).
“Cabidela”, “Deixe-se Acreditar”, “Nem Parece”, “A Missa” e “Adelaide” são algumas das músicas, repletas de bons arranjos, que passeiam livremente e talentosamente entre referências tão diferentes quanto samba, música eletrônica, surf music e Jovem Guarda.
Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola. Rua Conde de Bonfim, 824, Tijuca (altura da Muda). Tel.: 3238-3831. Quinta (29) e sexta (30), às 20h. Entrada: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia). Ingressos somente em dinheiro, na bilheteria, a partir das 14h. Lotação: 161 pessoas, sendo duas cadeirantes.
Lenny Andrade e Gilson Peranzzetta. A lendária cantora do jazz brasileiro e o consagrado pianista interpretam, à tarde, “Canções de Cartola e Nelson Cavaquinho”, álbum que gravaram juntos com versões para os mais célebres compositores da Mangueira, como “As Rosas Não Falam”, “O Mundo é um Moinho” e “Folhas secas”. Imperator. Rua Dias da Cruz, 170, Méier. Tel.: 2597-3897. Quarta (28), às 16h. Entrada: R$ 30 (inteira) / R$ 60 (meia). Ingressos no local ou online.
Choro da Glória. Agora, apesar do nome, rola junto à Praça Tiradentes, mas com os mesmos músicos que comandam a já tradicional roda. A Garagem. Rua da Carioca, 83. Quarta (28), a partir das 19h. Entrada gratuita.
Sombrinha. Ex-integrante do Fundo de Quintal, o sambista comemora seus 60 anos de idade em show que promete sucessos dos quais foi coautor, como “Só Para Contrariar” (com Arlindo Cruz e Almir Guineto), “O Show Tem Que Continuar” (com Arlindo Cruz e Luiz Carlos da Vila) e “Quem é de Sambar” (com Marquinhos PQD). Beco do Rato. Rua Joaquim Silva, 11, entre a Lapa e a Glória. Tel.: 2508-5600. Quarta(28), a partir das 21h30. Ingressos a R$ 30 e participação especial da Família Macabu e do Xande de Pilares, que, no dia seguinte, quinta (29), toca às 21h, no Imperator, a R$ 80 (inteira) / R$ 40 (meia) – endereço e telefone estão ali em cima, no show da Leny.
Teatro
Antígona. Amir Haddad dirige a tragédia de Sófocles, adaptada por ele e Andréa Beltrão, a qual interpreta a princesa que enfrenta Creonte, rei de Tebas, para enterrar seu irmão. Teatro Poeira. Rua São João Batista 104, Botafogo. Tel.: 2537-8053. Quinta a sábado, às 21h. Domingo, às 19h Até 29 de setembro. R$70 (inteira) / R$ 35 (meia).
Hamlet. Patrícia Selonk faz, em versão feminina, a princesa da Dinamarca que tem suas visões do pai assassinado e se vê na missão de vingá-lo. Fundição Progresso. Rua dos Arcos, 24, Lapa. Tel.: 2210-2190. Quarta a sabado, às 19h30. Domingo, às 18h. Até 1º de setembro. Entrada: R$ 40 (inteira) / R$ 20 (meia).
Um Tartufo. Bruce Gomlesvsky dirige a comédia de Moliére, sobre o religioso de araque que engana uma família, maas adaptada em uma montagem totalmente sem texto. Maison de France. Avenida
Presidente Antônio Carlos, 58, Castelo. Tel.: 2544-2533. Quinta a sábado, às 20h. Domingo, às 18h. Ingressos de R$ 20 a R$ 60.
Exposições
Da linha, o fio
Com 23 artistas, entre eles Pedro Varela, Rodrigo Mogiz, Laura Lydia e Bispo do Rosário, a mostra reúne técnicas diversas como esculturas, instalações, pinturas, fotografias, vídeos, desenhos e objetos que têm em comum o uso da linhas e fios, até 20 de setembro, de segunda a sexta, das 10h às 19h. no Espaço Cultural BNDES (Av. Chile, 100, Carioca). Tel.:2172-7447.
Longevos
Flavio Shiró, Carlos Vergara, Anna Bella Geiger, Martha Pires Ferreira, Nelson Leiner, Regina Vater e Thereza Miranda estão entre os artistas, todos com mais de 60 anos, em exposição até 13 de setembro, com técnicas que vão da pintura à gravura, do desenho à fotografia, no espaço Zagut (Shopping Cassino Atlântico. Av. Atlântica, 4240, loja 315, Copacabana-Posto 6). Tel.: 2235-5946. Das 10h às 13h e das 14h às 18h, de segunda a sexta. Sábado, só das 10h às 13h. www.espacozagut.com
(Foto: João Pequeno)
Em que espelho ficou perdida a minha face.
Com curadoria de Marisa Flórido,Fernanda Leme expõe pinturas com base de inspiração nos autorretraros, em especial as atuais selfies. IED – Istituto Europeo di Design (Avenida João Luís Alves 13, Urca). Tel.: 3683-3786. De segunda a sexta, das 11h às 22h. Sábados, das 9h às 16h.