“Carnaval não pode ser tratado como um Rock in Rio”, diz Tarcísio Motta

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Foto: Clarice Lissovsky

Ao final da audiência Cem dias para o Carnaval, realizada nesta quinta-feira (14/11), na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o vereador Tarcísio Motta do PSOL disse: “É o terceiro ano que a gente chega às vésperas do carnaval sem respostas para uma série de questões”. De acordo com o parlamentar, a falta de respostas é uma responsabilidade política da prefeitura, que persegue o carnaval carioca:

“A prefeitura de Marcelo Crivella age contra o carnaval, só que essa é uma festa que faz parte da história, da identidade, da cultura da cidade, não pode ser ignorada por qualquer administração. Desprezar o carnaval é agir contra o interesse público”.

Compuseram a mesa, além de Tarcísio Motta, o deputado estadual Eliomar Coelho (PSOL), Marcelo Veríssimo, diretor de operações da Riotur, e Val Coelho, da equipe de gestão do carnaval de blocos da Riotur. Representantes de ligas de escolas de samba – como a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) e a Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso (Lierj) – e de blocos tradicionais da cidade, como o Nem Muda Nem Sai de Cima e o Cordão do Boitatá, estiveram presentes e fizeram questionamentos aos servidores da Riotur.

Devido à ausência de respostas satisfatórias, foi acordado que a Riotur irá produzir e entregar à Comissão Especial de Carnaval um documento formal que contemple as informações pedidas. Previsão do pagamento do repasse prometido as escolas da Intendente Magalhães, previsão do repasse referente a 2018 para a Liesa, cronograma de obras do Sambódromo e a situação da interdição da Cidade do Samba são algumas das respostas esperadas. Sobre o carnaval de rua, a prefeitura irá enviar, para a mesma comissão, a lista dos mais de 140 blocos não autorizados e as justificativas correspondentes.

A comissão ainda participará de outras reuniões com o Ministério Público e a Riotur para sanar dúvidas sobre a preparação para o Carnaval 2020.

“O carnaval gera milhões, mas, mesmo que não gerasse um centavo, é preciso entendê-lo como uma expressão da nossa cultura, e não apenas como um evento. Por isso, não pode ser tratado como um Rock in Rio, por exemplo. A cidade inteira vive o carnaval. Vamos lutar até o fim para garantir o carnaval como direito do cidadão carioca”, disse Tarcísio.

De acordo com dados de 2018 da Fundação Getúlio Vargas, o carnaval do Rio de Janeiro gerou 72 mil postos de emprego, atraiu cerca de um milhão de turistas, aumenta em R$3 bilhões a economia da cidade e arrecada R$77 milhões só em ISS para os cofres públicos, mais que o dobro de seu custo de R$31,4 milhões.

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