Crimes no Rio de Janeiro em queda

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O Rio pode ainda não ser uma maravilha em segurança, longe disso, mas os índices vem melhorando. Por exemplo, os homicídios dolosos no estado do Rio de Janeiro caíram 21% nos dez primeiros meses de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa 884 mortes a menos. De janeiro a outubro deste ano, foram registradas 3.342 vítimas, contra 4.226 em 2018. Esse é o menor número de vítimas para o acumulado do ano desde 1991.

Na comparação entre os meses de outubro, a redução foi de 17% (317 em 2019 e 383 em 2018), com o segundo menor número de vítimas para o mês desde 1991. O menor da série histórica foi em outubro de 2012, com 314 mortes.

O indicador estratégico crimes violentos letais intencionais (homicídio doloso, roubo seguido de morte e lesão corporal seguida de morte) também segue a tendência de queda: diminuição de 18% em relação outubro de 2018 (71 vítimas a menos) e de 22% em comparação com o acumulado do ano (952 mortes a menos). 

O índice de roubos seguidos de morte (latrocínio) registrou declínio de 36% nos dez primeiros meses de 2019, quando comparado com o mesmo período do ano passado. O número de vítimas ficou em 95 no acumulado do ano, o menor para o período desde 1991. Em outubro foram registradas quatro vítimas, o menor número para o mês de outubro desde 1998. 

Em outubro, as mortes por intervenção de agente do Estado diminuíram 6% em relação a setembro e caem pelo terceiro mês seguido: 194 casos em julho, 170 em agosto, 153 em setembro e 144 em outubro deste ano. Na comparação com outubro de 2018, houve aumento de 13%.

Crimes contra o patrimônio em queda

Em outubro, os roubos de veículo diminuíram 29% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 3.027 ocorrências. No acumulado do ano, a redução foi de 24%, o menor para o período desde 2017. Os roubos de rua (roubo a transeunte, roubo em coletivo e roubo de aparelho celular) caíram 15% em outubro na comparação com outubro de 2018, sendo 1.721 casos a menos. No acumulado do ano, também houve queda: 6%.

Já os roubos de carga reduziram 11% em outubro, em relação ao mesmo período de 2018, o menor índice para o mês desde 2015. No acumulado do ano, a queda foi de 18%, ou 1.344 casos a menos. 

Apreensão de fuzis é recorde

Até outubro, as polícias Civil e Militar apreenderam 7.215 armas de fogo, o que significa que, em média, 24 armas são retiradas das ruas por dia. Do total, 468 foram fuzis – ou seja, mais de um armamento desse tipo apreendido a cada dia no estado – maior número recolhido no período nos últimos 12 anos. 

Comparação trimestral por Área Integrada de Segurança Pública (AISP)

Quatro Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) apareceram como destaques no estado na comparação entre agosto e outubro de 2019 com o mesmo trimestre do ano passado. Na Baixada Fluminense, a AISP 20 (Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis) apresentou o maior recuo nos homicídios dolosos. Já o município de São Gonçalo (AISP 7) registrou a maior redução no roubo de rua, a segunda maior diminuição no roubo de carga e a terceira maior queda em roubo de veículos.

Na capital, a maior diminuição no roubo de carga ocorreu na AISP 16 (Olaria e adjacências) e, na AISP 41 (Irajá e adjacências), onde foram registrados os maiores recuos de morte por intervenção de agente do Estado e de roubo de veículos.

Os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) são referentes aos Registros de Ocorrência (ROs) lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro durante o mês de outubro.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Cada caso uma história de vida, mas todos por um fio

    Diante do cenário atual, vê se que a intenção dos autores nos fatos relacionados a homicídios, possui intrínseca vontade a de tirar a vida para se assegurar da vontade percutida. Diante disto, politicas publicas, predispõe uma série de medidas que visam desacelerar o ritmo do índice crescente.

    Ocorre que todas as medidas, tidas como acompanhamento leva em alguns casos a manutenção do fato em lide, pois elas não interferem na ação do cidadão infrator, que continuam ativos: a motivação, o alvo disponível e o ambiente favorável.

    Digo isto porque toda aquela construção de ideias, visões de um mundo pacífico e organizado, não existe na mente daquele predisposto a infração penal, em que a concorrência com a culturalidade de que o ganhar significa não perder ou empatar, bem como, de que não só heróis constroem uma boa história o motiva e/ou o ampara nas decisões que toma.

    Não distante disso, temos a mídia, o entretenimento e outros, mesmo que óbvio que exista a crítica, a licença poética e todo o resto, mas se pensarmos então na carga intelectual daqueles que se predispõe a ação criminal analisada, entendemos que aquela mente não se converterá ao passo de visitações, em que ela vê e se coloca num ambiente de naturalidade perante ao que se propaga, seja no meio em que vive ou pelo que tem de informação e conhecimento.

    Analisar a vida, requer pensar que esta não tem preço, mas este se encontra tarifado em penas alternativas, direito a habeas corpus até mesmo que preventivos, redução e um limite de pena. Não precisa que a vítima tenha receio em se vitimar, ou se colocar preventivamente em prisão domiciliar (cercas elétricas, muros, câmeras de segurança, grades, horário de sair e chegar em casa, restrição de frequentar determinados ambientes e lugares, um trabalho e só), ao menos se a prisão domiciliar tivesse todos estes requisitos, talvez faria sentido, o que se busca e se quer de fato, é responsabilizar aquele que infringe a lei e ataca a vida, é preciso que este sim, tenha receio em ser autor, praticar o crime, este sim deve avaliar que cometer o crime não lhe será compensador, com uma pena considerável em que sua permanência na prisão seja tão duradoura e não favorável, quando sair de lá, não tenha condições de fazer ou tentar fazer algo, esteja desmotivado a prática de infrações penais, falo de tempo de tempo de prisão, sem alguns privilégios.

    Mas tudo isso é possível, desde que passamos a valorizar a vida, o respeito ao outro e pelas coisas do outro. O Sistema atual, não pode continuar nesta situação de gerar lucratividade ao peso de uma vida, pois isto tem sido motivador a ceifa-las sem o mínimo de consideração e empatia. (WHEHO-2020)

  2. Curioso que as apreensões de armas e drogas não vem acompanhadas do dinheiro do tráfico…
    Por que será?
    Alguém tem uma ideia?
    Tráfico não movimenta dinheiro? É criptomoeda?
    Ou fica no bolso dos agentes do estado?

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