A campanha começou, ou melhor, a campanha negativa começou. E o alvo favorito, ou melhor, o único alvo é o candidato à reeleição, o prefeito Eduardo Paes. Com as pesquisas indicando sua vitória em primeiro turno e dominando as notícias, não poderia ser diferente.
O candidato do PSOL, Tarcísio Motta, correndo atrás dos votos da esquerda, tenta jogar Paes no colo da direita. Apesar do PSOL não ter feito realmente uma oposição de verdade ao governo Paes, agora Tarcísio tenta ligar Eduardo às milícias. Aparentemente, na mística da guerra ideológica, milícia é de direita e tráfico é de esquerda. Até pautas antiaborto, lembrando que Paes está com Otoni de Paula, são usadas.
Já Alexandre Ramagem e Rodrigo Amorim fazem diferente: jogam no colo de Eduardo a esquerda. Dizem que ele tenta esconder o PT, que é ligado ao presidente Lula e a favor da desordem urbana. Nessa briga, o eleitor pode ficar confuso.
Marcelo Queiroz caminha no papel pré-polarização, inclusive como o candidato anti-polarização. Aposta no fato de que Eduardo ficará pouco tempo como prefeito, pois estaria mais comprometido com sua campanha para governador do Rio em 2026. Se for por aí, tem chances.
A guerra ideológica só serve para deixar o debate burro.
Esse povo vai querer passar a campanha dizendo quem é apoiado por quem e quem esconde o quê, os eleitores embarcam no vacilo e não se discute a sério o que interessa, que é IPTU que caiba no bolso, saúde funcionando, vaga em creche, educação funcionando, transporte público decente e cidade aprazível e limpa.
Se o debate se limitar a quem é de direita ou esquerda, vai ter neguinho saindo com cheque em branco da eleição, o que é sempre péssima ideia de dar aos políticos!!
Mística da guerra ideológica. Como assim? O debate tem que ser travado entre projetos e capacidade de execução o resto não interessa.
“Aparentemente, na mística da guerra ideológica, milícia é de direita e tráfico é de esquerda.”
Bandido lendo isso: “Eu sou o que???”
Quem coloca ideologia em marginal, tá fora da casinha. Um traficante ou miliciano antes de dar tiro em alguém não pergunta antes de apertar o gatilho da arma a ideologia da pessoa.
Vcs forçam muito a barra, heim!…