A nova geração de DJ ‘s do Rio de Janeiro

Nascidos em torno dos anos 2000, a nova geração de DJ 's do Rio de Janeiro não deixa os estudos de lado

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Foto: PG CLICKS

Os primeiros Disc Jockey surgiram nas rádios, ainda no século passado, com o intuito de transmitir música popular, tocando discos para os ouvintes. Atualmente, presença imprescindível em festas de todos os tipos, tornando-as mais animadas e muitas vezes mais concorridas, certos DJs tornaram-se celebridades internacionais.

A profissão evoluiu com a tecnologia e os costumes. Os profissionais operam um Compact Disc Jockey (CDJ), equipamento responsável pelas mais diversas mixagens e performances acústicas, tocando músicas por meio de pen drives, de dispositivos USB ou até mesmo de cartões SD. Antes, a CDJ tocava músicas de CDs e DVDs.

Recentemente, em um vídeo para as redes sociais, o cantor Lulu Santos fez uma comparação do papel do DJ com o de um sommelier, alegando que, ao tocar, o DJ monta o seu set e seleciona músicas que combinem as batidas para que possam ser mixadas. Sendo assim, o DJ movimenta a pista de dança, tendo o termômetro musical, ciente de que, se ele colocar determinada música, a festa vai ficar 100% alegre e com pista cheia, e que determinadas músicas vão “matar” a festa de certa forma. Ou seja, ele harmoniza as músicas com o ambiente e o público, transformando a festa em um lugar memorável.

Por ser uma profissão mais noturna e em finais de semana,  muitos jovens conseguem conciliar os estudos com esta profissão. Contudo,  precisam da ajuda financeira de seus pais para que seja possível realizar este sonho, afinal o equipamento de um DJ é muito caro.

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A profissão de DJ sempre é considerada muito legal porque trabalha em ambientes festivos, com criação de memórias para o resto da vida. Os jovens, ao entrarem nas baladas, sentem uma sensação de felicidade e leveza, pois estão lá para curtir, ouvir músicas, beijar, dançar, beber, sem cobranças. Muito desse clima é criado pelos DJ’s.

Por tudo isso, muitos jovens têm se interessado em se tornar DJs. Jovens de aproximadamente 20 anos, que estudam em diferentes faculdades e em diferentes cursos, mas que possuem um objetivo em comum: viver de eventos como DJs. Festas concorridas como Dashzada ou Cherry on do DJ Cereja, tem sempre a presença de muitos jovens ávidos por diversão e emoção.

Zeca Machado França de 21 anos, estudante do terceiro período de Publicidade e Propaganda da PUC-Rio informa que, por incrível que pareça, nunca foi muito de frequentar festas antes de se tornar DJ.

“Tomei a decisão de ser DJ no início de 2020, e meus pais sempre me apoiaram em tudo e com a carreira de DJ não foi diferente”,  conta Zeca.

Seu interesse em ser DJ começou quando tinha 15 anos, quando “descobriu” de fato a música eletrônica, seu foco nas festas. Atualmente ele tem como inspiração o DJ eletrônico Martin Garrix. Entretanto, sua marca é a música “The nights” do Avicii, DJ sueco que se matou com apenas 28 anos. Essa música quando tocada nas baladas faz muitos jovens irem à loucura e gritarem de alegria, pois a música diz “Um dia, você deixará este mundo para trás, então viva uma vida da qual você irá se lembrar.”, ou seja, a música é tocada com o intuito de incentivar os jovens a viver a vida e ter memórias destes momentos felizes, que ficam marcados para sempre.

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Zeka

A nova geração de DJ 's do Rio de Janeiro

João Vitor Costa Velho, de 22 anos, estudante do terceiro período de Gestão de Eventos, conta que já foi DJ por hobby, mas hoje em dia considera uma profissão. Tendo como inspiração o DJ Zullu, Dennis DJ, Igor Kelner entre outros, seu repertório é mais voltado ao funk, lotando sempre as pistas e não deixando ninguém parado.

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Costa

Anteriormente, o DJ Costa cursava Produção Cultural no IFRJ, mas trancou por conta da pandemia. Em 2021 retomou os estudos, agora no novo curso, que acha que, com certeza, dará mais base para o crescimento na profissão tão desejada. Também comenta que sempre gostou de festas e, praticamente, todo final de semana estava em uma. Antes de ser DJ, ele produzia eventos, e aos poucos foi se familiarizando com os equipamentos e em 2018 fez sua primeira apresentação em público como DJ. Antigamente seus pais não o apoiavam tanto, mas hoje que viram que deu certo, o apoiam.

Lucas Rodrigues, 19 anos, estudante do primeiro período de administração da IBMR, acredita que, por enquanto, ser DJ é um hobby, mas que ele leva muito mais a sério. Ser DJ é uma profissão que necessita de investimentos financeiros e em marca pessoal e posicionamento na mídia. Faz mais pela diversão, mas busca investir para ser um profissional reconhecido no futuro.

Antes de cursar Administração, cursou três períodos de Publicidade e Propaganda na ESPM. Conhecido como DJ LVKS, acredita que tanto estes 3 períodos quanto todo o curso de Administração o ajudará na profissão futuramente.

Lucas conta que ia para as festas com muita frequência, porém não era toda semana. A partir de uma brincadeira em resenhas e curiosidade do que era ser DJ, ele tomou sua decisão em querer tocar profissionalmente. Em seguida, conta que “correu atrás” para fazer um curso  e aprender mais a fundo. Seus pais sempre foram totalmente a favor, sua mãe foi a sua maior apoiadora e, principalmente, patrocinadora, e diz que sempre será muito grato a ela “correr junto” com ele atrás de tudo que ele sempre sonhou e que o faz feliz. Por fim, LVKS fala que suas maiores inspirações são KVSH e DUBDOGZ.

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LVKS

Pedro Fernandes, de 19 anos, mais conhecido como DJ Drin, está no seu primeiro período de Direito na Ibmec.

Drin começou a tocar nas festas por hobby e por curtir muito seus amigos tocarem, mas acabou que hoje em dia isso não é mais um hobby para ele, e sim um trabalho que ele ama fazer. Conta que ainda não vive da profissão de DJ, mas que tem isso como um sonho.

Para Pedro o curso em si não ajuda de certa forma na profissão de DJ, mas as pessoas que ele conhece dentro da faculdade, como produtores de eventos e a Atlética da Ibmec , grupo que organiza festas e eventos, tem ajudado muito em relação a conhecer novas pessoas que trabalham em eventos.

Drin conta que nunca foi uma pessoa que curtia festas, mas por gostar muito de música e por ter começado a tocar, de certa forma começou a frequentar as festas seja para tocar ou até mesmo para curtir.

Depois de ver dois amigos DJ’s tocando em eventos e chopadas de escola, Drin decidiu se aventurar e aprender em setembro de 2021. Em dezembro deste mesmo ano tocou pela primeira vez em uma festa. Em apenas seis meses, Drin já tocou nas mais diferentes boates do Rio de Janeiro, tanto na Zona Sul quanto na Barra.

Drin acredita que seus pais nunca foram contra esta profissão, mas ficou surpreso em ver que eles são seus maiores apoiadores. Seus pais sempre o incentivaram a tocar, mas frisando que ele não deve parar de estudar e que sua faculdade deve ser sua prioridade.

É possível perceber que estes jovens se espelham em DJ’s famosos e alguns têm o sonho de chegar aonde eles chegaram, mas nunca desistindo de estudar, porque o mercado de trabalho é muito concorrido e não basta entender somente de música.

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DJ Drin. Foto: PG CLICKS

Onde houver pessoas querendo rir, comemorar e serem felizes, haverá espaços para esses profissionais da performance musical eletrônica.

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