A partir de 1/10, Rio de Janeiro passa a contar com o Museu Memórias da Música Preta

“O MMMP nasceu da necessidade de resgatar, dar voz, vez e visibilidade aos artistas pretos da música brasileira, a maioria invisibilizados", disse um dos idealizadores do projeto

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Interior do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira / Divulgação: Prefeitura

De caráter virtual, o Museu Memórias da Música Preta (MMMP), uma iniciativa do Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), será lançado, neste sábado (1/10), com a finalidade de possibilitar a interessados o acesso gratuito a arquivos sobre a história e cultura da música preta no Brasil. A cerimônia de lançamento do MMMP contará com pocket show do Grupo Missa Criola, além de bate-papo com os criadores do projeto.

Rafael Braga, um dos idealizadores do Museu, afirma que o objetivo maior do trabalho é combater o racismo estrutural que permeia as relações sociais brasileiras por meio do conhecimento. Todo o acervo do Museu Memórias da Música Preta é resultado de uma profunda pesquisa documental, iconográfica, fílmica, sonora e discográfica dos artistas brasileiros pretos que ajudaram a formar a identidade cultural nacional.

“O MMMP nasceu da necessidade de resgatar, dar voz, vez e visibilidade aos artistas pretos da música brasileira, a maioria invisibilizados. Este site será uma ferramenta para conhecer e reconhecer cantoras, cantores, compositoras e compositores que têm grande importância na formação da nossa identidade musical, realçando o protagonismo destes artistas com a intenção de combater o racismo estrutural, criando sentimento de orgulho e pertencimento para a população negra brasileira”, explicou Rafeal Braga.

Alunos do ensino médio da rede pública de ensino do Rio de Janeiro e de Salvador (BA) serão apresentados ao projeto por meio de jogos de tabuleiro, no qual serão feitas perguntas e respostas sobre a história dos músicos pretos brasileiros. A iniciativa visa incentivar a curiosidade dos jovens sobre o assunto, além de formar um público consumidor de tais produtos culturais.

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Nos dias 17 e 18/11 serão feitas apresentações do Meseu, no Rio de Janeiro, com a participação da atriz Verônica Bonfim, na Arena Fernando Torres (Madureira) e na Lona Cultural Gilberto Gil (Realengo). Na ocasião, a artista fará uma contação de histórias a partir do livro “A Menina Akili”, de sua autoria.

Para Simone Nascimento, uma das idealizadoras do projeto, o Museu Memórias da Música Preta permite que artistas pretos se sintam pertencentes à sociedade, além de permitir que pessoas socialmente vulneráveis tenham acesso a bens culturais que não estariam ao seu alcance.

“O racismo não permite que artistas pretos tenham a mesma visibilidade que artistas brancos. E isso se reflete na sociedade como um todo, a população não tem acesso ao conhecimento. Projetos como o Museu Memórias da Música Preta trazem pertencimento, formação de público e acesso à cultura para pessoas de maior vulnerabilidade social, através de ações em escolas e centros culturais”, afirmou Simone Nascimento.

As informações são do Diário do Porto.

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