O Rock in Rio começou em 1985 e marca a história da cidade do Rio de Janeiro. Em 2022, no retorno desse festival, movimentou R$1,7 bilhão na economia do município e trouxe mais de 10 mil estrangeiros de 31 países diferentes. Rússia entre eles. Recebi um casal russo na minha casa, o qual chegou de São Paulo na sexta-feira, para o show de sábado. A jovem veio somente para ver o Coldplay. No dia do evento, não conseguia comprar o ônibus especial do evento por não ter CPF ou nenhum registro brasileiro, e nem informações em inglês no site, então comprei para ela. Assim que chegou na cidade do rock, a chuva lhe recebeu. Comprou uma daquelas capas de chuva simplórias e esperou sua banda favorita debaixo de um aguaceiro, com frio, pés encharcados.
O relato dela no dia seguinte para mim falava de tudo isso, e também trazia um brilho em seus olhos. Dizia que as pessoas pediam licença para passar, tinham uma energia única, cantavam as músicas, sorriam, pulavam, cantavam e emocionavam. A russa Rita estava maravilhada com o público brasileiro e o festival. Apesar de todo o trabalho que teve para ir e voltar para casa, dizia que irá voltar no próximo. Sua felicidade me trouxe alegria. Deu orgulho sim de ser brasileiro. Mesmo com algo que parece tão pequeno. Mas é verdade. Temos um sangue quente, uma sede de vida, temos bocas que gostam de sorrir. E o Rock in Rio faz parte disso, mostra muito do nosso melhor para o mundo.
O namorado dela não entrou no evento, ficou do lado de fora esperando o tempo todo. Disse que não gostava de Coldplay, era mais fã do estilo Iron Maiden. Porém, também se divertiu conhecendo pessoas, conversando. A cordial recepção brasileira.
Minas Gerais
Aliás, recebi também um casal de Minas Gerais que veio na intenção do Green Day. Resultado? Adoraram o festival, apesar dos preços altos e os 20 minutos na fila para beber água. Foi a primeira vez deles no Rio de Janeiro e já disseram que voltarão. Chegaram sexta, por volta das 5 da manhã e foram embora no domingo às 10:50, felizes da vida. Um fim de semana de magia carioca para eles.
Por fim, dois primos do Rio Grande do Sul vieram para o mesmo show, me chamaram, mas esse ano meus afazeres eram muitos e o tempo pouco para um festival dessa magnitude. E adivinha? Pretendem voltar no próximo. Como diria o Roupa Nova: woo, woo, woo, Rock in Rio…