Por conta da terrível tragédia que se abateu sobre a chamada ‘cidade imperial’, muito se voltou a falar sobre o pagamento de foros e laudêmios à Companhia Imobiliária de Petrópolis, empresa responsável pela cobrança dos dois valores, de propriedade de membros da família imperial brasileira. Para poder-se entender a razão da cobrança do foro (pago anualmente) e do laudêmio (pago toda vez em que um dito imóvel localizado em área foreira é vendido) é preciso conhecer e entender o instituto jurídico chamado “enfiteuse“, comum em diversos países do mundo, mas que há décadas está em desuso no Brasil, não podendo serem constituídas novas enfiteuses desde o fim do século XX.
Mas o que é a Enfiteuse?
A enfiteuse é instituto do Direito Civil (como o aluguel, o arrendamento, etc) e era o mais amplo de todos os direitos da propriedade. Basicamente é a permissão dada pelo proprietário de uma área ou imóvel – o senhorio – para que um terceiro – o enfiteuta – passe a ter o domínio direto (ou útil, dá no mesmo) daquele bem, podendo usar, gozar, possuir, alienar ou até transmitir por herança a um novo enfiteuta aquele mesmo bem. Contudo, pagando sempre um foro anual (que é como um aluguel, só que em valores muito mais módicos), e, sempre que passar o bem adiante, tem que pagar um laudêmio (usualmente 2,5% do valor de avaliação do imóvel). Assim, o senhorio, titular do domínio indireto, receberia, para sempre, inclusive através dos seus herdeiros, foro e laudêmio, como contrapartida de não ter efetivamente vendido seu imóvel. Não há uma relação tributária, mas apenas uma relação contratual, civil, entre senhorio e enfiteuta.
Em resumo, pra quem não é jurista, a enfiteuse acarreta uma espécie de aluguel bem baixinho, chamado foro, e uma obrigação de, a cada vez que o imóvel for vendido, pagar-se o laudêmio ao senhorio. Também existia uma obrigação de antes de vender, ofertar a propriedade ao senhorio, para que ele exerça seu direito de preferência.
A maior utilidade da enfiteuse é ajudar a ocupar terras inóspitas, lugares distantes, sem cultivo, quase que inexploradas. O senhorio escolhia lotear a terra e dá-la em enfiteuse, em vez de vendê-la. Em vez de tentar vender por anos uma gleba enorme de terra, por valores altíssimos, era melhor criar uma enfiteuse, pois isso ajudava a ocupar o espaço. Vender em pedaços pequenos uma terra tão distante, também era praticamente impossível. A idéia da enfiteuse era também dar finalidade a terras longínquas, que, além disso, com a ocupação por muitos enfiteutas, se valorizariam conforme o movimento em dada região aumentasse. Este serviço ela prestou, e ajudou muito a que a ocupação de terras no Brasil ocorresse de maneira ordeira.
A enfiteuse não tem nenhuma relação com Coroa, Monarquia, Príncipe ou coisa que o valha. A enfiteuse, o foro e o laudêmio são comuns a qualquer um que resolvesse estabelecê-la em alguma propriedade que lhe pertencesse.
A enfiteuse é um direito real, que podia ser constituído por qualquer pessoa, física ou jurídica, e até mesmo pelo governo. Foro e Laudêmio não são impostos, não são tributos, e não são taxas. Não existe “taxa do príncipe”, isso seria a mesma coisa que chamar aluguel de “imposto do proprietário”. O governo não tem absolutamente nada a ver com o que um particular recebe de laudêmio ou de foro anual, desde que este pague os impostos sobre seus recebimentos, como qualquer empresário ou trabalhador.
Por que esse príncipe ganha dinheiro às minhas custas?
Na verdade os membros da família real que recebem o foro e o laudêmio em partes de Petrópolis, recebem isso à custa deles próprios. Seus antepassados compraram uma fazenda, com dinheiro próprio, chamada “Fazenda Córrego Seco”. Dom Pedro I, então imperador do Brasil, tentou comprar uma fazenda chamada “Padre Correia”, mas seus herdeiros não concordaram em lhe vender a propriedade. Ele acabou comprando uma fazenda vizinha que estava à venda, justamente a do Córrego Seco, que na época pertencia ao Sargento-Mór José Vieira Afonso. Adquiriu a propriedade por vinte contos de réis, preço considerado muito alto para o valor real da fazenda: o dono deve ter visto que sua esposa, D. Amélia, queria muito a fazenda. A escritura de compra do imóvel pelo então imperador foi assinada em 1830. O monarca – que depois de ser imperador por aqui foi aclamado rei em Portugal – ainda comprou outras propriedades no entorno, no Alto da Serra, em Quitandinha e no Retiro, ampliando a área de sua fazenda.
O tempo passou. Dom Pedro II assumiu as rédeas da monarquia constitucional brasileira, e, em vez de parcelar a fazenda em pedacinhos e vendê-los, decidiu constituir enfiteuses. Expliquei acima o que elas são. Ele simplesmente pegou a terra que seu pai havia comprado, e decidiu não vendê-la, e sim usar a enfiteuse para que a cidade se desenvolvesse, e também, com isto, além de fundar um povoado, também fez um investimento, praticamente como o faz quem compra um apartamento para alugar.
No dia 16 de março de 1843, Pedro II, que estava com dezoito anos e recém-casado com a imperatriz Teresa Cristina, assinou o documento que arrendava (leia-se, constituiu a enfiteuse) as terras da fazenda do Córrego Seco ao Major Koeler para a fundação do que chamou de “Povoação-Palácio de Petrópolis”, em que estabelecia o início da cobrança do foto dos colonos moradores da região, entre outras coisas.
A enfiteuse gera muito menos dinheiro imediato que a venda. E bem menos dinheiro imediato que o aluguel. Mas ela tinha uma vantagem, a perenidade. Ou seja, é eterna. Apesar de gerar valores ínfimos de foro, gera os 2,5% de cada venda. E, com uma vantagem: ajuda a desenvolver a cidade, e mesmo a valorizar o entorno, conforme negócios vão ocorrendo.
Herdar um apartamento alugado, é, em menor escala, o mesmo que herdar uma enfiteuse.
Um detalhe curioso é que o Chefe da Casa Imperial, D. Luiz de Orleans e Bragança, e seus irmãos e herdeiros diretos, do dito “Ramo de Vassouras” da monarquia brasileira, não têm qualquer participação na questão dos foros e laudêmios. Esta parte da herança ficou para os membros da família imperial do chamado “Ramo de Petrópolis”, que comandam e administram a Companhia Imobiliária de Petrópolis.
Por que mesmo com a república eles continuaram com este direito?
Esta resposta é fácil. A família imperial perdeu tudo que tinha em função de ter a Coroa Brasileira. Só ficaram com aquilo que era deles, particular. Quer dizer, quase tudo. O Palácio Guanabara, por exemplo, era bem particular da Princesa Isabel, mas mesmo assim a república achou por bem tomar-lhe a propriedade do mesmo. Foi confiscado. A família imperial tentou recuperar a posse da edificação por 125 anos, no que foi um dos processos judiciais mais longos do país, até perder a ação em 2020, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu que o palácio pertencia à União e não à família imperial, que nunca recebeu nada pelo prédio, que havia sido comprado por recursos próprios.
O direito continuou porque não tem nenhuma relação com a Coroa. Ele continuou porque a propriedade da Fazenda Córrego Seco – hoje parte de Petrópolis – era absolutamente e comprovadamente da família. É apenas um direito sobre uma propriedade privada, que pouco importa de quem é para ser válido.
Isso é parecido com aqueles prédios da Marinha?
Pera, pera. Sim e não, mas vamos primeiro corrigir uma coisa: não existe isso de prédio da Marinha, foro da Marinha, terreno da Marinha. A Marinha Brasileira não tem nada a ver com isso. São prédios DE marinha, foro DE marinha, terreno DE marinha. Assim, com letra minúscula mesmo. Terrenos de marinha são terrenos localizados no litoral. Terrenos que, segundo uma linha imaginária desenhada lá pelos idos do século XIX, ficavam na beira d’água e à época tinham uma importância estratégica e por isso teriam que pertencer, obrigatoriamente, ao governo brasileiro.
Nestas terras, o governo constituiu a enfiteuse, que já explicamos acima. E como é guloso, em vez de pagarmos 2,5% de laudêmio como fazemos em casos de terras de senhorios particulares, o governo federal abocanha 5%. Ah, e desde o início do atual governo, se você esquecer de transferir o imóvel pro seu nome depois de registrar a escritura as multas são milionárias. Um único cliente, num imóvel que vale 2 milhões está pagando 500 mil reais só de multas anuais por não ter feito uma transferência.
E como se livrar disso?
No caso das enfiteuses particulares, o enfiteuta tem o direito de remir (ou seja, acabar) com o foro/laudêmio para sempre. Basta pagar pela remição do foro. Nas enfiteuses públicas que não são da União, a mesma coisa. Nas que são da União, ela é gulosa, e até pouco tempo não fazia a remição. Hoje, após uma ordem do Ministro Paulo Guedes, pode ser feita. Mas… especialistas dizem que custa uma verdadeira fortuna. Melhor ficar pagando o foro e o laudêmio, dizem.
Quem mais tem esse direito além dos Orleans e Bragança de Petrópolis?
Muitas pessoas. Muitas famílias pelo Brasil têm este direito. Na verdade, como explicamos, qualquer um que em vez de vender suas terras ou alugar deu-as em enfiteuse, pode ter este direito. Também é muito comum que organismos da Igreja Católica Romana tenham enfiteuses, pois eram grandes proprietários de terras, e, para desenvolvê-las, criaram diversas enfiteuses. Exemplos de instituições que recebem enfiteuse são o Hospital dos Lázaros, o Convento de Santa Teresa, o Município do Rio, o Estado do Rio, etc.
E se tudo isso é tão simples por que dizem tanta asneira nos jornais e revistas?
Esta é a única resposta difícil de dar. Recentemente um deputado federal fanfarrão escreveu que pretende propor entregar as enfiteuses dos Orleans e Bragança aos moradores de Petrópolis. É o mesmo que dizer que a féria do Bar do Araújo, lá na esquina, vai passar a ser entregue todo mês aos moradores de rua da Tijuca. Ou que os aluguéis que a dona Zefa de Copacabana recebe agora vão para o orfanato das meninas pobres de Paty do Alferes. É apenas blá-blá-blá mal intencionado, falta de informação, ou conversa de político, mesmo.
Existe um projeto de acabar com os Foros e Laudêmios da União, leia-se, do Governo, leia-se, não ferem o direito de ninguém. É a PEC número 39/2011, da Câmara Federal. Uma repórter da Revista Money Times, que escreveu um artigo fantasioso e completamente estapafúrdio sobre o assunto, disse que este projeto planeja acabar com a enfiteuse das famílias. Não leu… Ocorre, mas não aqui. Falou mais uma montanha de impropriedades, imprecisões e bobagens, que mostram que sequer deu uma googlada num artigo jurídico. Ficou só no copia e cola de outro preguiçoso. Aliás, eu pensaria duas vezes antes de pegar as dicas de investimento da revista, depois de ler tanta bobagem num só artigo.
A Carta Capital publicou outro texto hilário, e muito interessante. Nele, afirma que a “taxa” (SIC) “não retorna em investimento público“. Pois é, nem o aluguel da Dona Zefa. Ela compra verduras, esmalte de unha e paga a prestação do carro do cunhado dela com o que recebe de aluguel do seu imóvel. Exatamente como quem recebe laudêmio e foro do imóvel da família que foi dado em enfiteuse em vez der ser alugado nos vendido, inclusive visando melhorar o povoamento de uma dita região.
O Correio Braziliense chamou o laudêmio e o foro de “imposto”. Infelizmente ninguém lembrou que só se paga imposto ao governo. Fez referência a uma divertida proposta do deputado Rogério Correia, do PT. Ele fez uma lei, que – mais do que mexer no instituto da enfiteuse – pretende mudar toda a característica do instituto “lei”. Ele fez uma proposta de lei só pra proibir a Companhia Imobiliária de Petrópolis de cobrar o que é seu de direito, por conta de tudo que foi explicado aqui. As outras famílias, empresas, governos, igrejas, essas aí…podem mandar Brasa! Cobrem mesmo! E a gente, que aprendeu na Faculdade de Direito que a lei era impessoal, genérica e igualitária, fica assim.. sorrindo de lado. O PL é o 553/2020, e equivale a uma sentença daquelas que os monarcas absolutos assinavam e esse pessoal tanto critica: bem direcionada a uma única pessoa, casuísta.
Tem também um projeto do deputado Jorge Bittar (PT). Neste, ele queria tirar o direito adquirido de todo mundo. Bem, pelo menos era de todo mundo. O projeto, porém, determinava que para que as pessoas perdessem seu direito para os enfiteutas, estes teriam que indenizá-los com 2%, mais todos os foros e laudêmios atrasados. Mais ou menos o que já é feito hoje. Mas… Vai ver ele não sabia. Também ocorre. Mais do que devia, porém.
A irritação de ler tanta bobagem passa também pelos monarquistas que não procuram se informar. Vi comentários que falam em “justa compensação à família imperial”. Não tem nada a ver. A família imperial tem o direito apenas porque era dona da fazenda Córrego Seco e a deu em enfiteuse. Se a dona da fazenda fosse a dona Zefa lá de Copa, ela estaria cobrando os mesmos valores em virtude do direito real que herdou.
Enfim, mais um dia de “fake news”, bobagens, imprecisões e aventuras de gente que não sabe do que está falando. Tudo isso vai ficar arquivado no Google, para, quando houver um novo desabamento nas favelas e ruas de Petrópolis, desviar de novo o assunto do que realmente interessa. Petrópolis tem Prefeito e Câmara de Vereadores? Quem ganha com a total favelização da cidade? Os príncipes? Eles não cobram laudêmio nem foro nas favelas….
Excelente texto! muito esclarecedor no aspecto jurídico na História do Império Parlamentarista brasileiro. De fato, a familia Orleans e Bragança perdeu o estatuto jurídico monárquico mas continuou proprietária dos bens, disposição perfeitamente legítima e natural. Oxalá o detalhe histórico seja de conhecimento geral dos petropolitanos, e dirimir possivel discussão estéril.
Muito esclarecedor. Finalmente um texto sem viés oportunista como muitos que bombardeiam nas redes todos os dias desde que Petrópolis foi abatido por.essa tragédia. O blá, blá, da colonização, exploração, etc.. vem acompanhando para reforçar o discurso dos hipócritas que nem mesmo se importam com os indígenas, primeiros donos da terra. Pra esses, eu pergunto o que acham de reverter os muitos laudenios desse Brasil para os povos originários.
Boa matéria!!!!
O curioso nisso tudo é saber que a família real tinha recursos próprios. Como, se a origem da sua riqueza eram os impostos?
Obrigado pelo texto esclarecedor.
Correto e claro
E a exploração da família real que começou em 1500 foi o quê? Se “compraram” esse terreno foi em decorrência da exploração de Portugal no Brasil. Não há “direito” aos 2.5%. Defender isso é coisa de liberaloide inconsequente. Portugal violou as terras pertencentes aos índios e agora a população de Petrópolis tem que pagar uma taxa para os usurpadores? Você e quem defende essa cobrança estão com seus cérebros corroídos.
Você esquece que quem ”explorou” o Brasil foram os próprios Brasileiros que hoje vivem aqui.
E a família imperial não governou o Brasil em um regime absolutista, eram obrigado a mostrar um orçamento anual que dava muito pouca margem para ”fazer o que bem entender com o dinheiro público”. Inclusive D. Pedro ll nunca aumentou o próprio salário, que chegou a ser menor que o da justiça em 1 instância. Não vejo essa indignação com a farra do dinheiro público que fazem todo dia nessa república sacra que vivemos, não existia auxílio moradia pra juizeco que já recebe uma bolada, isso seria um escândalo na época.
Fantastico artigo – e pensar que jornais grandes, com tanto dinheiro, ficam por aí a divulgar asneiras e a não impedir as asneiras.
Parabéns ao autor do artigo pela paciência da escrita. É com esse tipo de artigo que o jornal vai ganhar credibilidade – porque todos os demais veículos da imprensa estavam repetindo sem checar nada (como se esses jornais conseguissem checar alguma coisa hoje em dia!!) o que aquele Marcelo Freixo estava evacuando pela latrina labial dele sobre “taxa do príncipe”. Marcelo Freixo não pode alegar desconhecimento da questão – dado que se diz professor de história – então só resta que ele queria enganar a população com aquela ideia ridícula de expropriar algo que não deve ser expropriado.
Voltamos à questão da propriedade privada: até em momentos como este ela deve ser preservada. Senão restará a incivilidade. Este estado precisa de ordem para voltar a estar nos trilhos do progresso. E o progresso não está na mira de Marcelo Freixo. O cara se usa de tragédias pra se promover.
E outra: tivesse o governo do estado tentado remover as casas e famílias das encostas, estaria o PSOL da Talíria Petrone e do Marcelo Freixo acusando tudo e todos de “higienismo social”. Fizeram isso nas obras da Rio2016. E aí, quando ocorre a tragédia, culpam as autoridades (autoridades covardes, sim) que se omitiram justamente para não serem criticadas por esses parvos.
Artigo esclarecedor e necessário. Fico com a impressão de que muitos que continuam insistindo em teses falsas ou não leram adequadamente o texto ou simplesmente apostam na desinformação. Uma pena.
Agradeço imensamente de ter a oportunidade de conhecer algo que eu não fazia idéia de como era. Obrigado ao Diário do Rio e colaboradores pela belíssima iniciativa de agregar conhecimento e sobretudo, esclarecimentos.
Ou seja, uma lei injusta e anacrônica, baseada puramente em direito consuetudinário, que poderia fazer muito sentido na Inglaterra, mas que no Brasil republicano e de passado Colonial é apenas fruto dos acordos fritas por cima com vistas a garantir mais um privilégio de uma classe decadente, que continua vivendo na vagabundagem, explorando nosso país e nosso já tão combalido povo.
Olhou-se no espelho ?
Matéria muito esclarecedora. Parabéns.
Excelente matéria, clara e imparcial como o jornalismo deve ser!
Congratulações
Há um erro no texto, os 2,5% são sobre o valor do terreno somente, exclui-se o valor das benfeitorias.
Achei hilário esse texto tentando convencer que qse 150 anos após a queda do Império no Brasil, os impostos pagos a família real seriam válidos. Um tipo de mamata diferente, só isso. O Brasil é uma república, não existe família real pq simplesmente não tem reis aqui pra gente. Simples assim. A cara desse povo nem arde de vergonha
Hilário é notar que a senhora aparentemente não leu o texto, ou se leu claramente não compreendeu.
Marya, volta pra escola, por favor. É grátis! E você ainda ganha um RioCard.
A quantidade de pessoas que não leu e comentou é o reflexo da ignorancia coletiva que assola o pais
Você esá certo em partes, porém as traggédias não começaram em 2011. Tem que culpar a atual administração federal. estadual e municipais sim, mas TODAS as administrações anteriores também. Em 1988 aconteceu. Em 1967 também. Desde 1932 já sabíamos que acontece. Não se pode passar pano para o atual governo. Ah e tamém o Parlamento de forma geral tem culpa porque um dos deveres e pilares dos parlamentares é FISCALIZAR, que não fazem. E coibir a especulação imobiliária (não sei se é esse o nome).
Ate que enfim uma materia explicando do que se trata… eu tenho enfiteuse e tb area de marinha, fazendo pagamentos, tanto para Marinha como para familias, e fico quicando muito mais de raiva com a ignorancia freixiana e de tantos pseudo jornalistas, pesquisadores de Google, do que por pagar algo que considero injusto, mas que sei as regras do jogo para deixar de pagar. Meus parabens por esclarecer. PARABENS, foi bem preciso, em quase todos os detalhes.
Ate que enfim uma materia explicando do que se trata… eu tenho enfiteuse, tanto para Marinha como para familias, e fico quicando muito mais de raiva com a ignorancia freixiana e de tantos pseudo jornalistas, pesquisadores de Google, do que por pagar algo que considero injusto, mas que sei as regras do jogo para deixar de pagar. Meus parabens por esclarecer. PARABENS, foi bem preciso, em quase todos os detalhes.
Excelente texto. Os comentários demonstram a dificuldade do brasileiro em interpretar a enfiteuse como um direito real nos séculos passados, resultado da necessidade de ocupação de terras (e o objetivo era esse mesmo), que acabou por ser substituída por outros meios quando da disseminação da propriedade privada. Enfim, sendo a família imperial detentora ou não, o fato é que era um instituto jurídico legal. A enfiteuse não pode mais ser instituída desde 2002, com a entrada em vigor do atual Código Civil, sendo que as existentes seguem as normas do antigo código até sua extinção. Parabéns, Cláudio.
QUEM era o presidente em 2011 e o que FOI FEITO COM as VERBAS destinadas para OBRAS desviadas por políticos corruPTis tas inclusive com apoio do Freixo defensor de traficante e maconheiros né ? Agora o prefeito FANFARRÃO diz que as sirenes foram tocadas kkk ENTÃO QUE OS DESABRIGADOS VÃO PARA RESIDÊNCIA DO PREFEITO POIS LÁ É SEMPRE “BOMTEMPO”
Em que pese muitas questões trazidas e esclarecer muitas pessoas quanto à natureza jurídica do instituto, não necessariamente são os argumentos apresentados verdadeiramente corretos e justos à luz das leis.
Uma família real tem seu patrimônio fruto do que arrecada em seu nome pelo mero fato daquela qualidade se confundindo o que é do estado e da realeza.
Com o fim da monarquia tudo deveria ser deixado de ser da família. Tal como Palácios etc.
Ex.: o Palácio das Laranjeiras esteve sob disputa e a família Orleans de Bragança perdeu na Justiça.
Mas a verdade, infelizmente, é que deixaram alguns bens por mera camaradagem… como no casos daquelas terras na cidade Imperial que carrega essa alcunha erradamente nós dias de hoje, e deveria ser objeto somente de exploração Histórica pelo turismo…
Então não há dinheiro público envolvidos nesses pagamentos?então não ha o que fazer é negócio privado entre pessoas físicas ou jurídicas como outro qualquer,ao herdeiro da familia real só resta a obrigação de declarar no imposto de renda e pagar o imposto devido!!
Excelente texto para quem realmente tem interesse nos fatos. Infelizmente a cultura da corrupção leva brasileiros que questionar direitos dos outros e querer sempre vantagens pessoais em detrimento da justiça.
Direitos dos outros construídos sob que termos??? Absolutistas da monarquia com o rei o representante do divino e que tem as terras por onde suas conquistas, na espada ou fortuna extraída das terras por seus servos e escravos conseguirem para a Coroa???
Quando se teve o fim de um regime monárquico (em qualquer país do mundo) as gerações seguintes (quando preservadas a vida dos descendentes diretos) não permaneceram com direito algum perpétuo sobre as terras… só no Brasil mesmo.
Desde quando a monarquia no Brasil foi absolutista????? Não adianta querer pagar de cult, enquanto não passa de cu mesmo. Vai informar-se sobre a história do país em que vive, principalmente sobre a monarquia PARLAMENTARISTA existente no Império brasileiro.
Danico, em termos jurídicos esse foi dos seus piores comentários.
Danico, em termos de comentário, esse foi um dos seus piores comentários.
le so o titulo e acha q ja sabe a ainda comernta asneira – dias dificeis
O laudêmio deveria ser confiscado para indenizar os descendentes de negros escravizados pela coroa portuguesa.
No Brasil não existe pena de confisco. Isso está na Constituição. Básico do básico. Para isso teriam que provar sua origem de descendentes de escravos, não basta a cor da pele.
É cada ideia péssima que esse Victor tira que deveria chamar-se “Derroto”…
A lei tbm é elástica. Tenho 69 anos e desde os 10 vejo Petrópolis no caos td vez q chove. Por que os governantes permitem o crescimento irregular de comunidades(pobres,sem opção)? É um toma lá da cá? Troca d interesses?Mas foi muito bem explicado a situação da família herdeira.
Muito bom o texto.
A medida que você le o artigo nota-se que parece que a Betina da empiricus escreveu.
Resolveu dizer que a familia real tem direito a o Palácio Guanabara porque era deles. Francamente poderia quebrar ele todinho ou dar de moradia para os mendigos aí sim servirá de alguma coisa.
O direito autoral acaba depois de certo tempo.As dívidas acabam após certo tempo. Os crimes prescrevem após certo tempo. Qual o motivo,neste mundo,pra está excrescência continuar ?
Acho que o senhor não sabe ler ou não leu o artigo inteiro. Continua porque é semelhante a um contrato de aluguel. A terra é minha, o imóvel é meu e eu resolvo “dar” o direito de uso e posse vitalícios mediante um pequeno valor (aluguel) anual. Mas, caso quem detenha esse direito resolva vender o imovel( transferir o direito que recebeu de graça, mas vai lucrar um bom dinheiro na “venda”) ele me pagará um percentual sobre essa transação. Simples. Não tem nada misterioso ou errado nisso. Eu pago foro reais laudemio quando vender meu imóvel que se localiza numa dessas regioes. Quando comprei, sabia disso. Não posso reclamar. Provavelmente o sr está na mesma situação e não gosta disso. Então, venda seu imóvel foreiro e compre em.outro lugar, onde não esteja sob essa condição.
Muito bom artigo. É bom esclarecer que o foreiro, como o arrendatário, tem a obrigação de cuidar do bem do qual tem o uso, gozo e fruição.
Gostei do artigo. Muito esclarecedor
Gostei. Muito esclarecedor o Artigo.
Só esqueceu de comentar que “o dinheiro próprio” da família real na realidade era o dinheiro dos cidadãos do país, já que o os Reis tinham essas terras por herança pura e simplesmente de ter nascido na realeza. Esses nobres e suas famílias viveram sem trabalhar as custas do povo. Então essa taxa é sim um grande absurdo.
Errado. Como uma Monarquia Parlamentar o Chefe de Estado recebia um salário para exercer a sua função e este salário era estipulado anualmente pela câmara como hoje é feita a votação de orçamento. Este salário funcionava da mesma forma que todos que exerce um cargo hoje. Além disso, O Magnânimo recusou o aumento deste salário durante todo o período que comandou a Chefia do Estado Nacional. Parece que você é funcionária pública, seguindo o seu pensamento, você recebe dinheiro dos cidadãos deste país, acho que talvez não mereça recebê-lo.
Perfeito, Sr. Nil. Se a dona Madileine não entender agora só resta ela rasgar os papéis da UENF e voltar para escola básica de onde ela deveria ter aprendido sobre a dotação orçamentária anual ao que o Rei tinha direiro (e que aliás, pedia que nunca fosse reajustada – para que não houvesse incentivo à inflação).
A monarquia é um regime muito mais barato que a república e ainda funciona melhor! Um presidente custa mais caro que um Rei. Brasil, 200 anos de independência: destes, 134 últimos em crise política.
O imperador havia comprado as terras para que fossem suas e com isso pudesse cobrar para si e seus herdeiros aenfiteuse ou laudêmio?
Gostei do texto. Esclarecedor. A solução então é desapropriar as terras sob alegação do evidente uso social, indenizando a Família Imperial descontando os valores já cobrados que usufruíram no passado (já que não era aluguel ou venda). Acabando com esse “bolsa família imperial”
A Familicia Imperial também podia se adiantar e oferecer nesta tragédia mais do que orações a São Pedro, né.
Discordo totalmente com seu discurso político em relação ao governador Cláudio Castro, que está Aki dês das primeiras horas da tragédia, e todo aparato estadual. em relação ao príncipe se é que deve ser chamado assim concordo.
Mas o estado se faz presente a todo momento ao contrário da prefeitura de Petrópolis.
E o uso de dinheiro público para promover melhorias e valorizar os imóveis de uma enfiteuse, é correto? O dono da enfiteuse não é responsável pelo bom estado do espaço, assim como ocorre em aluguéis?
Uma ginástica enorme pra puxar o saco do candidato do Diário do Rio, o Claudio Castro e os satélites Bolsonaristas (Braganças Orleans).
Só uma ressalva a um ponto central dessa discussão: NÃO EXISTE FAMILIA REAL NO BRASIL.
Se você chama qualquer brasileiro de Vossa Magestade, tu tá sendo mongolão sim.
No mais, se há usufruto daquela terra e ela está em estado caótico e de calamidade pública, talvez…TALVEZ apenas seja interessante recupera-la. Até mesmo se há interesses mesquinhos…
Toda sorte ao povo de Petrópolis e união e apoio dos seus iguais. É só com isso que eles podem contar.