Após mais de 50 horas de angústia, os moradores de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá finalmente respiraram aliviados na noite desta sexta-feira (05/04), quando o sistema de captação e tratamento de água, conhecido como Imunana-Laranjal, voltou a operar. Desde a manhã de quarta-feira (03/04), esses municípios da Região Metropolitana sofreram com a falta de abastecimento.
A interrupção do sistema ocorreu devido à presença da substância química tolueno no canal de Imunana, onde a água é captada. A mobilização foi imediata, com uma força-tarefa montada pelo Governo do Estado atuando para isolar e sucção do composto químico.
As ações coordenadas envolveram diversas entidades, desde as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade até a Polícia Civil, a Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas de Niterói e Águas do Rio.
Ao longo do dia, foram retirados 160 mil litros de água contaminada dos canais às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim. A operação foi minuciosa, e os resultados foram evidentes: os níveis de tolueno foram reduzidos de 59 para menos de 30 microgramas por litro, dentro dos parâmetros de potabilidade adequados para consumo humano.
A retomada do tratamento da água foi um alívio para os cerca de 2 milhões de pessoas que dependem do Sistema Imunana-Laranjal. No entanto, as investigações sobre a origem da contaminação estão em andamento. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) abriu um inquérito para apurar os responsáveis pela presença do poluente na água, garantindo assim a segurança e a saúde da população afetada.