Absurdo no Rio de Janeiro: Polícia identifica atirador de turista argentino, mas Justiça não decreta prisão por falta de urgência

Juiz decide não apreciar pedido de prisão em plantão mesmo como criminoso tendo dezenas de passagens criminais

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Imagem criada por Inteligência Artificial

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou quatro suspeitos de participação no ataque que deixou o turista argentino Gaston Fernando Burlon, de 51 anos, em estado gravíssimo. Burlon, ex-secretário de Turismo de Bariloche, foi baleado na cabeça na última quinta-feira (12), ao entrar por engano no Morro do Escondidinho, em Santa Teresa, enquanto se dirigia ao Cristo Redentor.

Entre os identificados está Sandro da Silva Vicente, conhecido como Sandrinho, apontado como o autor dos disparos que atingiram o veículo do turista. Apesar das evidências e da gravidade do caso, o pedido de prisão preventiva dos suspeitos não foi apreciado pelo Plantão Judiciário. Anotemos mais esta a outras tragédias que poderiam ser evitadas se os juízes efetivamente prendessem os bandidos.


Decisão judicial gera controvérsias

O juiz Orlando Eliazaro Feitosa, responsável pelo plantão, argumentou que o caso não caracteriza urgência qualificada. “Em que pese a gravidade dos fatos, tal circunstância por si só não serve de justificativa para a distribuição da representação neste Juízo Plantonista”, escreveu o magistrado, indicando que a análise caberia ao juízo natural ou ao plantão diurno.

O Ministério Público compartilhou o entendimento do juiz, considerando que o pedido não seria urgente a ponto de ser decidido no plantão.


O suspeito e seu histórico criminal

Sandrinho, reconhecido por duas testemunhas como o atirador, possui um extenso histórico criminal, com 20 anotações, incluindo 13 cometidas enquanto era menor de idade. Ele foi preso pela última vez em 2022, em flagrante, por porte de arma em Cascadura, mas acabou absolvido em maio deste ano.


Estado de saúde do turista

O argentino Gaston Burlon segue internado em estado gravíssimo após o ataque. Ele foi alvejado ao entrar com o carro por engano na comunidade do Morro do Escondidinho, uma área dominada pelo tráfico de drogas. Burlon estava a caminho de um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor.


Investigação e repercussão

A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) conduz as investigações do caso, que gerou grande repercussão. O incidente reacende o debate sobre a segurança para turistas e a atuação do Judiciário em casos de violência urbana.

A ausência de uma resposta imediata causa preocupação e gera questionamentos sobre a efetividade das ações do Judiciário contra a violência no Rio de Janeiro.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Absurdo no Rio de Janeiro: Polícia identifica atirador de turista argentino, mas Justiça não decreta prisão por falta de urgência

3 COMENTÁRIOS

  1. Está faltando penas perpétua e de morte a exemplo do Japão que controlou o aumento de crimes violentos com morte por arma de fogo – não pelas leis de controle de armas que já era rigorosa e impusera desde o fim da guerra mundial o acesso limitado somente a caçadores – mas pela lei penal mesmo diante do aumento de mortes em especial atribuídos à máfia, então passando a prever penas perpétua e de morte por enforcamento para posse ilegal de armas e munição ou assassinatos…

  2. Por essas não vejo mal algum quando a Polícia faz o serviço “sujo” – na palavra de uns – quando, digamos, pratica um excesso, tirando de circulação definitiva o criminoso, seja um autor de assassinato, latrocínio, roubo, estupro etc., enfim, de crimes gravíssimos…

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui