Aconteceu no Rio Antigo: A volta ao mundo e a Igreja de Santa Luzia no Centro do Rio

A colunista do DIÁRIO DO RIO conta uma história relacionada à Igreja de Santa Luzia, no Centro do Rio

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Igreja de Santa Luzia atualmente (Fernanda Duarte)

O Rio de Janeiro atual é formado por aterros, o que o desconfigura quase totalmente do Rio Antigo. Um exemplo disso é que não conseguimos imaginar que a Igreja de Santa Luzia, no Centro do Rio, ficava à beira mar.

Mas se pararmos para analisar, a posição dela nos causará uma certa estranheza, já que está torta em relação à rua principal. Você já percebeu isso?

E aconteceu no Rio antigo uma história relacionada à essa igreja. Colocada ao sopé do Morro do Castelo, voltada para a entrada da barra, a ermida consagrada a Santa Luzia foi erguida nos primeiros tempos da cidade. Não se sabe exatamente por quem e em qual ano, mas o que há documentado é que já existia em 1592 como irmandade propriamente constituída e uma lenda paira no ar.

No dia 13 de dezembro de 1519 (dia de Santa Luzia) chegou ao Rio de Janeiro Fernão de Magalhães que, a serviço do rei de Espanha, planejou e comandou uma excursão marítima que efetuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Fernão foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo sul do continente americano e a atravessar o estreito que hoje leva seu nome, cruzando os oceanos Atlântico e Pacífico.

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Segundo a lenda, quando Fernão de Magalhães aportou na Guanabara, mandou construir uma precária capela e colocou lá a imagem que trouxera de Nossa Senhora dos Navegantes. Mais tarde, no mesmo local, foi construído um outro templo, mais resistente. Em 1752, o templo foi reconstruído e ampliado e hoje é a Igreja de Santa Luzia que conhecemos.

Contudo, há também outra versão que atribui a origem da igreja de Santa Luzia a uma capela erguida por religiosos franciscanos em sua chegada em 1592, antes de irem para o morro de Santo Antônio. Em 1752, a igreja teria sido reconstruída pelo mestre Antônio de Pádua e Castro para a Irmandade da Virgem Mártir de Santa Luzia.

Essas duas versões resumem bem o espírito poético e histórico que o nosso Rio possui, em uma junção harmoniosa de tradição e lenda que se esbarram e se confundem com a história da cidade. Provavelmente nunca saberemos ao certo a origem da Igreja, mas como dizia Joaquim Manuel de Macedo, essas tradições e histórias fazem parte de nós, do que somos e de onde vivemos.

Eu quero te ouvir: você já visitou a igreja de Santa Luzia e conhece alguma história de lá? Comente.

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