Aconteceu no Rio Antigo: O 1º escravo alforriado no Brasil após uma vaca perdida e um milagre

Colunista Fernanda Duarte fala sobre a Igreja de Nossa Senhora da Penna, na Freguesia

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Santuário da Igreja de Nossa Senhora da Penna (Freguesia/Jacarepaguá) Foto: Rafael Pereira/Diário do Rio

De modo geral, as igrejas mais antigas possuem histórias interessantes. E, para mim, as do Rio de Janeiro, parecem ter um “quê” a mais, um encanto, uma carioquice, que as diferenciam das demais. Este é o caso da Igreja de Nossa Senhora da Penna, que fica no bairro da Freguesia de Jacarepaguá.

Sua história tem início no dia 8 de setembro de 1661 quando um escravo perdeu a vaca de seu senhor. Este senhor era conhecido por seus castigos impiedosos e ameaçou o jovem escravo que se não encontrasse logo a sua vaca, sofreria o pior castigo de todos.

O jovem ficou amedrontado, e depois de procurar por horas a fio, nada encontrou. Nenhum sinal da vaca perdida. Na época, existia uma forte devoção a Nossa Senhora da Penna, e o jovem escravo, se agarrou na sua última esperança: pediu proteção à Santa.

Logo após, olhou para a colina, que até então se chamava “Colina do Galo” e para sua surpresa, viu Nossa Senhora apontando para o local onde estava a vaca.

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O seu senhor, de longe, também presenciou a aparição e o milagre, e ficou tão impactado que mandou erguer naquele local uma ermida em reconhecimento a N. S. da Penna, e depois, alforriou o jovem. Foi o primeiro registro de alforria no Brasil Colônia.

Em 1664, o padre Manuel de Araújo, levantou esta igreja – “Edificação afortalezada, de paredes espessas de madeira de lei, contra o abuso no trovejamento e ante a ameaça de pirataria e temendo as flechas dos índios. Casa para rezar e defender cristãos”. Hoje, após algumas reformas a igreja ainda é a mesma e foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.

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Mas Nossa Senhora da Penna não parou por aí, realizou também outros milagres em terras cariocas, e um deles de grande repercussão: em 1770, quando a Igreja andava em obras, a água era trazida para cima com muito sacrifício. Um escravo velho, que fazia este trabalho, cansado, pediu a ajuda de Nossa Senhora da Penna, e imediatamente correu água da pedra. A água está correndo até hoje, e o povo denominou “Fonte de Água Milagrosa”.

A Igreja da Penna é uma das mais antigas do Brasil, e no Morro da Penna (antiga colina do Galo) há vista privilegiada para todo o Rio.

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Na minha opinião, esta é uma das histórias mais belas que aconteceram no Rio Antigo. E aí, você já conhecia a história, esta Igreja e a vista? Comente. Assista o vídeo completo da matéria no Instagram.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Renato não me leve a mal ,seu comentário não tem nada a ver com a matéria da reportagem , e sim com economia que tbm não e o caso dela . Que e mais um fato histórico que muitos cariocas não conhecem nem mesmo os que moram na região.
    Lamentável seu comentário sobre o exposto pela biibliotecária e produtora da matéria.

  2. A população fluminense está sendo ludibriada por uma propaganda anti Rio de Janeiro que já vem pelo menos há uns 50 anos.
    E por que esse tempo?
    Há uns 50 anos o Rio de Janeiro virou o maior produtor de petróleo do Bostil. De lá pra cá esse mesmo Bostil vem tirando os bilhões dos lucros do petróleo do Rio. A maioria desse dinheiro vai para Brasília, deixando aqui no Rio uma mixaria.
    Com o tempo o Rio também virou o maior produtor de gás do Bosti, e adivinhem, seguiu o mesmo projeto dos lucros do petróleo. Tiram também bilhões dos lucros do gás nos deixando com uma mixaria.
    Adivinhem para onde vão a maioria dos lucros do petróleo e gás Fluminense quando chega em Brasília?
    A bancada política Paulista leva para São Paulo a maioria desses bilhões, e as bancadas politicas sulistas (os Estados do Sul) e a bancada política mineira arrecadam uma boa parte considerável desses bilhões.
    Na questão da violência, já foi confirmado que mais de 90% das armas e drogas que alimentam as organizações criminosas, e consequentemente a violência no estado do Rio, vem das fronteiras com os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Não vejo NENHUM empenho ou vontade desses estados fronteiriços em interceptar essas armas e drogas, deixando-me a entender que esses estados são incompetentes em agir contra a criminalidade em seus territórios, ou pior, esses estados fronteiriços estão cooperando com a entrada de armas e drogas no Rio com a intenção de um projeto pra lá de tenebroso que seria a desestabilização proposital do estado do Rio, ambicionando é claro, se apoderar definitivamente da produção e dos lucros bilionários do petróleo e gás do Rio de Janeiro.
    Me assusta a mídia Fluminense não informar a população do nosso estado que somos os maiores produtores de petróleo e gás do Bostil e que somos saqueados e sabotados o ano todo.
    Eu particularmente sou a favor da independência do estado do Rio de Janeiro como um país independente.
    Se nós somos o “patinho feio” do país, e ao mesmo tempo somos saqueados e sabotados pelo mesmo Bostil, por que devemos continuar sendo parte desse país?

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