Depois de muita espera, o aguardado Parque Shopping America, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, teria finalmente ganho um prazo para uma possível inauguração. Desde 2015, quando houve a demolição do Clube do America Football Club – o segundo time de todo carioca – a empresa responsável estaria tentando agilizar supostos trâmites legais para erguer o empreendimento na antiga sede do clube de futebol, na Rua Campos Sales. Segundo o portal Grande Tijuca, o grupo AM Malls, responsável pelo planejamento e desenvolvimento do projeto, teria tido que conviver com a demora de trâmites burocráticos e a pandemia, que atrasou todo o planejamento para a construção do complexo comercial. O imóvel havia sido tombado pelo prefeito Eduardo Paes, após atuação do ex-secretário e ex-presidente do America, Vinícius Cordeiro, e acabou destombado por Marcelo Crivella.
Mas agora, segundo a empresa, parece que as coisas vão mesmo sair do papel. Segundo informou o portal Grande Tijuca, e também O DIA em matéria de página inteira, o sonho do novo shopping da Zona Norte do Rio se tornará realidade no dia 18 de setembro de 2026. As obras do mall começaram em 2019, quando a sede que abrigou o America Football Cub por décadas começou a ser demolida. Porém, depois da demolição acabada, nada foi feito. Inicialmente, o prazo de entrega do shopping havia sido estipulado para abril de 2021, e após a pandemia, a previsão foi alterada para outubro de 2023. Mas nem uma pedra foi colocada em pé.
Com o fim do isolamento e a tentativa de resolver uma série de questões, como a alteração da legislação local para aprovação do projeto na Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), intervenções judiciais, destombamento do prédio, aprovação do parcelamento de algumas dívidas do clube no ato trabalhista, entre outros problemas, a nova data para abertura do Parque Shopping America foi estabelecida agora para exatamente daqui a três anos.
O shopping, que – se sair mesmo – terá uma localização privilegiada na Tijuca, próximo ao metrô, Praça Afonso Pena e ao Centro do Rio, terá seis andares, com mais de 230 lojas distribuídos em 30.500 metros quadrados de área bruta locável nos pisos, sendo o 5º e 6º pisos com operações de academia, escola e uma faculdade, além três pisos de subsolo. A promessa dos investidores também é de ter um ambiente tecnológico e sustentável. Informações internas do Clube, dão conta de que a sede do ‘mesquinha’ também vai ocupar parte relevante da construção; um grupo de sócios, porém, estaria a insurgir-se contra o negócio, que, afirmam, não teria sido feito de forma transparente. Há ações judiciais em curso contra a atual diretoria do clube, na tentativa de impedir o negócio de ocorrer.
CEO da AM Malls, Antônio Mamede, analisou a crise econômica enfrentada nos últimos anos, e que teria sido responsável pelo imenso atraso na entrega do empreendimento., e como ela impactou o varejo, em função das condições de isolamento impostas para conter a proliferação da Covid-19.
“Após a pandemia, o mundo deu uma reiniciada. Muita coisa mudou, principalmente no varejo. Muitos shoppings vazios. Além disso, os fundos que investem em shopping estavam comprometidos com dinheiro investido em projetos que iniciaram e pausaram por causa da pandemia. Muitos recuaram, investimentos para novos shoppings deram uma parada. E muita coisa mudou”, concluiu.
Passada a turbulência, o Parque Shopping estaria na fase inicial de reaprovação junto à SMU. Mamede contou ao portal que o momento seria de pesquisa de negócios concorrentes na região (Shopping Tijuca e Boulevard Iguatemi) e que o arquiteto que assina o projeto do Parque Shopping América, Eduardo Mondolfo, é um dos trunfos da companhia para garantir o sucesso da empreitada.
“Tenho pesquisado muito os pontos fortes e fracos dos shoppings do entorno, teremos um prédio projetado por um dos maiores arquitetos do Brasil, que é Eduardo Mondolfo, que já projetou 65 shoppings do país. Um “Pelé dos shoppings”, disse Mamede ao portal Grande Tijuca.
O CEO calcula que o suposto empreendimento gerará mais de 2,3 mil empregos, diretos e indiretos. Além disso, o shopping estaria sendo planejado para ser sustentável e hi-tech ao mesmo tempo.
Se querem mesmo revitalizar o Centro, por que não constroem um shopping aqui?
Aquilo que fizeram no aeroporto Santos-Dumont (o Bossa Nova) não merece ser chamado de shopping, pois além da praça de alimentação e 3 restaurantes na parte externa, não tem mais que meia dúzia de lojas.