‘Airbnb’ faz mercado de aluguel no Rio enfrentar queda; Zona Sul é a mais prejudicada

Na região, que tem o preço médio do metro quadrado mais caro do Rio, a oferta anual caiu cerca de 27%

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Na Zona Sul, a oferta anual caiu de quase 14 mil para 10 mil unidades - Foto: QuintoAndar

Parece que o mercado de aluguel no Rio está passando por mais uma das tantas transformações que afetam diretamente a oferta de imóveis para locação — que não andam nada acessíveis, inclusive. Nos últimos dois anos, a quantidade de imóveis disponíveis diminuiu significativamente em várias regiões da cidade. Na Zona Sul, por exemplo, a oferta anual caiu de quase 14 mil para um pouco mais de 10 mil unidades – uma queda de 27,5%.

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O cenário tem sido confirmado por especialistas do setor. Cláudio Castro, da Sérgio Castro Imóveis, alerta que já é difícil encontrar apartamentos de um quarto para locação em locais como Copacabana, e essa situação também tem afetado imóveis maiores, de dois quartos. Segundo ele, a ascensão dos aplicativos de aluguel de curta temporada, como o Airbnb, tem sido um dos principais fatores dessa redução. “Os imóveis alugados por essas plataformas chegam a ter uma taxa de ocupação de 70% ao longo do mês, o que torna mais atraente para os proprietários. A rentabilidade é bem maior, com as diárias equivalendo a cerca de 20% do que eles ganhariam em um aluguel mensal”, explica o empresário.

Regulamentação de aluguel por temporada

O fenômeno da popularização dos aluguéis por curta temporada, antes restritos a épocas como o Carnaval ou Réveillon, segue mexendo com todo o mercado imobiliário. Isso tem levado à criação de projetos de lei que buscam regulamentar esse tipo de locação, como o que tramita atualmente na Câmara Municipal do Rio. O projeto, de autoria do vereador Salvino de Oliveira (PSD), visa instituir uma série de regras para as locações de curta duração por meio de plataformas como o Airbnb. Entre as propostas discutidas está a cobrança de um Imposto sobre Serviços (ISS) de 5%, o mesmo que é cobrado dos hotéis, além da exigência de licenças para os anfitriões e cadastro no Ministério do Turismo.

A questão tem gerado amplo debate, com a participação de diferentes setores, incluindo representantes da prefeitura, da rede hoteleira e dos anfitriões desses imóveis. Na última terça-feira (25/03), uma audiência pública na Câmara Municipal lotou o espaço, mostrando o interesse e a preocupação de muitos envolvidos. A proposta ainda deve passar por ajustes, e uma das mudanças previstas é a retirada de um artigo que proibia a locação de curta temporada na orla da Zona Sul. O objetivo, segundo o vereador, é criar um ambiente de maior clareza e regulamentação para esse mercado, que tem se mostrado relevante para a economia da cidade, mas precisa de regras para garantir a segurança tanto dos locatários quanto dos residentes permanentes.

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6 COMENTÁRIOS

  1. A questão pode ser vista no mundo todo e regulamentada por legislação local em regiões de vários países. Conforme o seguinte artigo de Harvard que pode ser buscado na Internet*:

    The Surprising Solution to Housing Affordability: Regulating Airbnb

    (*) pois comentário com link não tem sido permitido aqui

  2. Eu vez de fazer projeto para incentivar investimentos, como na construção civil, fazem para prejudicar um negócio que está dando certo e que ajuda o Rio a bater recordes de turistas estrangeiros nos dois últimos anos, o que movimenta toda a economia

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