Nesta terça-feira (08/09), o Rio de Janeiro amanheceu com a notícia de que Eduardo Paes, ex-prefeito da cidade e que concorrerá novamente ao cargo nas eleições municipais deste ano, foi alvo de busca e apreensão em seu apartamento, em São Conrado, na Zona Sul da capital fluminense, sendo também denunciado pelos crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Além de Paes, viraram réus também o deputado federal Pedro Paulo (DEM) e os empresários Benedicto Barbosa da Silva Junior, Eduardo Bandeira Villela, Leandro Andrade Azevedo e Renato Barbosa Rodrigues Pereira. Eles foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), junto à 204ª Zona Eleitoral, com o mandado sendo expedido pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau.
Segundo as investigações, entre os dias 04 de junho e 19 de setembro de 2012, Eduardo Paes, à época prefeito do Rio, recebeu R$ 10,8 milhões de Benedicto Barbosa da Silva Junior e de Leandro Andrade Azevedo, executivos do Grupo Odebrecht. De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), autor das denúncias, essa montante foi entregue por intermédio de Eduardo Bandeira Villela e Renato Barbosa Rodrigues Pereira, sócios da Prole Serviços de Propaganda, que receberam entregas de dinheiro em espécie continuamente, com objetivo de custear, de maneira ”camuflada”, a campanha eleitoral em que o Paes buscava sua reeleição.
A denúncia contra Pedro Paulo deve-se ao fato de que o atual deputado, então chefe da Casa Civil do Rio e responsável por coordenar a campanha de reeleição de Eduardo Paes, mesmo sabendo que os pagamentos recebidos eram ilícitos, gerenciou a maneira como seriam distribuídos, indicando quem iria arrecadá-los.