O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das condições mais preocupantes em todo o mundo e é responsável por mais de seis milhões de mortes anuais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso significa que, a cada seis segundos, uma pessoa falece por complicações do AVC em algum país. Porém, apesar de ter sintomas característicos, algumas manifestações da doença podem passar despercebidas no dia a dia, o que atrasa o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
“O AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro é interrompido, levando à morte de células cerebrais. Isso pode levar ao déficit funcional que, muitas vezes, é permanente em pacientes que sobrevivem”, explica o dr. Marco Py, neurologista do Hospital São Lucas Copacabana. “Para combater essa condição, é fundamental reconhecer os sinais precoces que, muitas vezes, são confundidos com sintomas menos graves.”
Um exemplo é a fraqueza súbita ou sensação de formigamento em um dos lados do corpo, que pode ser interpretada como um cansaço ou estresse pela rotina, principalmente após um longo dia de trabalho. Outro sinal comum do AVC é a dor de cabeça intensa, que tende a ocorrer sem um motivo aparente e, muitas vezes, é ignorada como uma enxaqueca ou cefaleia tensional.
“Um sintoma clássico do AVC que pode passar despercebido no dia a dia é a confusão mental, principalmente para encontrar palavras que se deseja falar, mas que não surgem na mente com facilidade. Em muitos casos, principalmente em pacientes mais velhos, esse sinal é visto como um simples esquecimento e não é investigado”, detalha o dr. Marco.
Outras manifestações importantes do AVC que devem ser percebidas são a gagueira, problemas para andar ou se equilibrar e a incapacidade em compreender o que está sendo dito por outras pessoas. Segundo o neurologista, na presença de um ou mais desses sintomas, é essencial que o paciente seja encaminhado ao atendimento emergencial.
“Quando falamos sobre AVC, significa que milhares de células cerebrais são destruídas em um curto espaço de tempo, podendo levar à incapacitação do paciente ou até mesmo à sua morte. Por isso, nesse tipo de caso, a agilidade para identificar os sintomas e buscar um atendimento especializado pode fazer a diferença. Tempo é vida”, define o dr. Marco.