A ativista Alessandra Ramos, também conhecida como Makkeda, foi sepultada, na manhã desta terça-feira, (17/05), no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, Zona Norte. Alessandra, 41 anos, morreu na tarde deste domingo após sofrer um mal súbito. Segundo familiares, passou mal ao lado da mãe e do padrasto.
Em meados dos anos 2000, Alessandra começou a trajetória dela como ativista no Grupo Arco-Íris. No coletivo, ela era tradutora e intérprete de inglês, francês e libras, inclusive atuou em no projeto de prevenção para homens gays com surdez e na organização da Parada do Orgulho LGBTQIA+. Ela fundou o Instituto Transformar Shelida Ayana, formado por mulheres e homens trans, transmasculines e travestis, que atua no combate à LGBTIfobia.
Nos últimos anos, Alessandra conquistou ainda mais espaço na luta pelos direitos da população LGBTI+. Ela foi assessora parlamentar do deputado federal Jean Wyllys e, nos últimos anos, foi assessora da deputada estadual Dani Monteiro (PSOL).
O Partido PSOL, que Alessandra era afiliada desde 2012, falou sobre o falecimento da ativista nas redes sociais oficiais.
“Makkeda é símbolo da luta por dignidade e respeito. Mulher trans, negra e socialista, Alessandra foi uma grande defensora dos direitos humanos. No PSOL, circulou pelas várias instâncias de base do partido, com protagonismo em nossos setoriais e na construção no feminismo, antirracismo, lutas LGBTIA+, lutas do campo da saúde e pelo desencarceramento. Suas lutas e sua memória seguirão presentes na nossa resistência. Alessandra Ramos, presente!”, declarou o Partido.
O Grupo Arco-Íris também lamentou a morte de Alessandra. “O Grupo Arco-Íris está de luto e lamenta a partida precoce da doce e querida Alessandra Ramos na tarde deste domingo”, afirmou.