Alessandro Valentim: Carnaval é das Barbies

Se nas brincadeiras de criança as meninas se identificam com as Barbies em toda a sua diversidade e pluralidade, até mesmo na linha de profissões, no Carnaval a magia acontece, onde elas se transformam em passistas, rainhas, portas-bandeiras e o que mais quiserem

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Isa Santos, passista da Porto da Pedra e candidata à Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro. Foto: Ana Victoria

Nesta quinta-feira, 20/07, as salas de cinema aguardam ansiosas pelos fãs da famosa boneca Barbie, com a estreia do seu live-action. A essência que transformou Barbie num ícone mundial se encontra no Carnaval, com o poder dado aos foliões de se verem e se vestirem como seus sonhos pedem.

Se nas brincadeiras de criança as meninas se identificam com as Barbies em toda a sua diversidade e pluralidade, até mesmo na linha de profissões, no Carnaval a magia acontece, onde elas se transformam em passistas, rainhas, portas-bandeiras e o que mais quiserem.

“Ser uma Barbie do carnaval, ou seja, uma passista, é se divertir, brilhar, curtir todo o glamour de ser uma artista de samba no pé, mas também com as suas devidas responsabilidades da vida pessoal e da vida dentro do samba. O estudo do samba é essencial e a prática é muito importante. A passista precisa se aprimorar dentro do que já sabe (e também do que não sabe), para sempre mostrar a arte com dedicação e louvor. Não é apenas colocar uma linda fantasia e desfilar. A passista vive seu carnaval o ano inteiro, mesmo dentro dos seus limites e está sempre mostrando sua arte, não apenas em fevereiro. Dessa forma que eu alcanço e vivo meus sonhos em fantasia, me dedicando sempre”, afirmou Isa Santos, passista da Porto da Pedra, e candidata a Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro.

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Os rapazes podem ser o Ken, a Barbie ou quem mais quiserem também. A viagem pelo sambódromo e pelos blocos desperta o interior dos desejos foliões. O sonho não precisa terminar quando se doam as bonecas, tampouco na quarta-feira de cinzas.

“Desde criança eu fui a menina que se criou na quadra de escola de samba, que fez do samba meu refúgio e meu acalento, para externar pelo suor e pelo samba tudo que me agoniava e eu não conseguia falar. Cresci tendo o sonho de ser rainha e, por mais que ser passista não era ser rainha de bateria, eu descobri que nessa caminhada eu poderia ser a minha rainha, a rainha dos meus pés, dos meus talentos, dos meus anseios, da minha liberdade, de cada samba enredo que eu escutava e dentro de mim meu coração pulsava, junto do ritmo das paradinhas”, contou emocionada Yara Vitória, escritora e passista da Imperatriz Leopoldinense

E por que não citar União da Ilha do Governador 2014, quando a agremiação relembrou as brincadeiras de criança e 2015, quando exaltou a beleza? “São tantas histórias, é só escolher”; “A beleza tá no seu interior, nos olhos de quem vê o verdadeiro amor”.

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