Alessandro Valentim – Magia cigana: literatura, samba e optchá

Mãe Manu da Oxum apresenta obra cigana e comenta Esmeralda na Imperatriz

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O time de escritores da Editora Aruanda ganhou mais um nome de peso: Mãe Manu da Oxum. A sacerdotisa não para. Idealizou a ação Axé Mulher, que se tornou uma tradição entre a força feminina da Umbanda e do Candomblé, bem como agora presenteou a religião com um novo evento, Presente à Oxum, que chegará no próximo mês. A autora de ‘’Magia cigana: introdução ao culto ancestral’’ é uma defensora das minorias e acolhe a diversidade em seu templo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O livro se apresenta como uma saudação à vida, aos ancestrais e ao destino, mergulhando no universo do culto aos ciganos, tanto no plano astral quanto na Terra. Os leitores terão a oportunidade de explorar as ricas tradições e cultura dos ciganos terrenos, compreendendo as relações entre os diversos grupos étnicos que compõem essa etnia. O foco se estende também à figura de Santa Sara Kali, aos clãs ciganos e às ordens vibracionais, abordando elementos essenciais como formas de trabalho, vestimentas, chacras, oferendas, encantamentos, rituais, cerimoniais, benzimentos, oráculos e a habilidosa manipulação das energias presentes nessa intensa Linha de trabalho.

‘’Compartilhar os ensinamentos ciganos vai além de uma missão ligada ao meu sacerdócio. Acredito nos valores desses povos, que tanto retribuíram o preconceito com magia de alegria, amor e prosperidade. Uma evolução que devemos alcançar’’, afirmou Mãe Manu da Oxum.

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É Carnaval

Nossa viagem parte da Zona Oeste e desembarcamos em Ramos. A atual campeã do Carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense, apostou na sorte do folheto ‘’O testamento da cigana Esmeralda’’, do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros, para defender o seu bicampeonato.

Para o sambista Santiago Rodrigues, vem da Leopoldina o melhor enredo para o Carnaval de 2024:

“Acredito que vai chamar o povo para a avenida. É enredo de fácil entendimento, como o campeão de 2023. Um personagem central trazendo a trama e todo misticismo acompanhado, sendo agora a Cigana Esmeralda”, afirmou Santiago.

As obras se completam. O livro de Mãe Manu apresenta os fundamentos e a história dos espíritos que viveram e transformaram a magia cigana. Já o desfile da Imperatriz será um encontro com a fé e crenças de quem hoje acredita ou já ouviu falar nessas magias e suas derivadas.

Mãe Manu da Oxum se diz animada com o enredo da escola de Ramos. Para ela é uma vitória ver como as tradições se espalharam e inspiraram obras como o folheto de Leandro Gomes de Barros. A escritora se arrisca ainda a escolher seu samba favorito para defender o pavilhão leopoldinense.

‘’A magia cigana é sobrevivente. Resistiu à opressão e se espalhou pelos cantos de todo o mundo. O enredo da Imperatriz é uma prova da força dessa tradição, eternizada no testamento de Esmeralda. É como se meu livro explicasse a magia e o desfile, o resultado dessa magia’’, explicou a sacerdotisa.

‘’Ouvi até os sambas concorrentes. O que tocou meu coração foi o do Me Leva. Já até decorei o refrão. Sem dúvidas, vai emocionar quem vive e tem fé na magia cigana’’, completou a escritora.

‘’Magia cigana: introdução ao culto ancestral’’ está disponível no site da Editora Aruanda. A Imperatriz Leopoldinense será a sexta escola a desfilar no domingo, 11 de fevereiro.

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