Alexandre Freitas: Negligência Incendiária – UFRJ ataca novamente

Para Alexandre Freitas, a UFRJ segue campeã em negligência incendiária, principalmente quando isso significa a destruição de registros históricos brasileiros.

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Em 2018 o Brasil inteiro sentiu a dor de ter perdido o histórico, inesquecível e insubstituível Museu Nacional. Quem não ficou desolado e devastado ao assistir à nossa história arder em chamas? Agora, a estrutura vítima da PÉSSIMA gestão patrimonial da UFRJ foi o prédio da reitoria, que pegou fogo no dia 20 de abril de 2021. O local possuía documentos históricos, que datam do Brasil Império.

A Universidade disse que vai abrir uma “sindicância para apurar o incidente”, como forma de colocar todo mundo em stand-by enquanto espera surgir um responsável. Para fechar as declarações clichês de adolescente tardio, que transfere a culpa para todos, professores da UFRJ complementaram dizendo que houve um corte de R$ 70 milhões nos repasses, que na verdade se trata do orçamento repassado APENAS para despesas discricionárias, como água, energia, serviços terceirizados, OBRAS, REFORMAS e outras. Segundo a PLOA 2021 esse orçamento seria de R$ 303 milhões. GUARDE ESSA INFORMAÇÃO!

Agora, sobre a tal sindicância… Posso te dar um spoiler? Teremos o mesmo número de pessoas responsabilizadas pelo incêndio do Museu Nacional: zero.

Durante o “historicídio” cometido pela UFRJ em 2018, a Universidade teve a cara de pau de tentar culpar o Governo Federal pelo incêndio. O absurdo se torna claro quando olhamos os repasses da União para a UFRJ:

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  • Em 2016, R$ 3,1 bilhões;
  • em 2017, R$ 3,18 bilhões; e
  • em 2018, a dotação era de outros R$ 3,18 bilhões.

ALÉM DESSES VALORES ACIMA, ainda teve mais grana, caro leitor!

Agora, lembra que eu lhe pedi para guardar a informação acerca do orçamento de R$ 303 milhões em 2021 para despesas discricionárias? Então, que tal analisarmos quanto dessa rubrica a UFRJ destinou, em anos anteriores, para a manutenção do Museu Nacional, que já tinha rede elétrica condenada há anos?

O orçamento repassado para despesas discricionárias da UFRJ foi:

  • Em 2016 a UFRJ recebeu R$ 423 milhões e repassou para o Museu Nacional somente R$ 422 mil (menos de 1%);
  • em 2017 a UFRJ recebeu R$ 409 milhões e repassou para o Museu Nacional somente R$ 336 mil (menos de 1%); e
  • em 2018 a UFRJ recebeu R$ 388 milhões e repassou para o Museu Nacional somente R$ 357 mil (menos de 1%).

Fonte: Agência Senado

Tudo o que você precisa saber sobre a gestão que incinerou a nossa história é o seguinte: à época, o reitor da UFRJ era Roberto Leher, um dos fundadores do PSOL, e o responsável pela pró-reitoria de finanças era Roberto Antônio Gambine Moreira, militante do PCdoB.

Esses dois falaram que o Museu Nacional não possuía recursos para reformas e manutenções básicas, ainda que durante ANOS eles tenham optado por destinar menos de 1% do orçamento para o Museu. Além do orçamento da União, os reitores foram pedir emendas parlamentares e, adivinhem? Diversos órgãos da instituição foram contemplados com emendas milionárias, menos o Museu, esse não fazia parte das prioridades dos gestores.  Essa é a hipocrisia: o responsável pelo Museu Nacional preferiu captar dinheiro para criar uma rádio aleatória.

A história chegou a alcançar os meios de comunicação tradicionais, como o RJTV, que mostrou que o valor captado pela UFRJ para criar essa rádio foi MUITO superior, chegando ao dobro do empenhado para a manutenção básica do Museu Nacional. O que chega a ser risível, para um cara que afirma ter reclamado dos baixos valores empenhados na manutenção do Museu. Ué, se Leher viu a necessidade de manutenção, por que isso não foi uma das prioridades dele ao pedir emendas parlamentares?

Infelizmente, logo em seguida colocaram panos mornos em cima das cinzas do Museu, e Leher foi afastado do cargo. Até hoje ninguém foi responsabilizado.

O modus operandi é o mesmo: praticam negligência, não realizam as tarefas básicas de gestão, gastam recursos em meio de propagação ideológica das suas ideias violentas e praticam inúmeras irresponsáveis, como o fato do Museu Nacional ter sido preterido em detrimento de uma rádio que as pessoas não ouvem, na verdade, sequer sabem que existe.

Se forem questionados, tentarão culpar até o papagaio do seu vizinho! Em seguida, vão argumentar falta de dinheiro, depois vão tentar desviar a atenção da péssima gestão deles para com os recursos públicos bilionários e, por último, vão abafar a tragédia ocorrida pela negligência incendiária dos incompetentes gestores.

Meu caro leitor, tire o seu cavalo da chuva, pois nessa sindicância do incêndio no prédio da reitoria não aparecerão culpados, pois os negligentes são eles mesmos.

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18 COMENTÁRIOS

  1. Prezado Deputado li o seu texto e permita-me enfatizar a referência feita ao Museu Nacional, na condição de ex- Diretor dessa i instituição no quadriênio 1982-1985. Naquele momento, não imaginei o que poderia ocorrer no futuro com o Paço de São Cristóvão onde está o Museu Nacional. Aconteceu o que não podia acontecer! O incêndio na noite de 02/09/2018 que destruiu fisicamente a maior parte de seu patrimônio científico, histórico e cultural , doado, coletado e estudado ao longo de mais de 2 séculos na nossa História Pátria! A minha coleção Paleobotanica, por exemplo, foi totalmente destruída fisicamente, dentre a maioria das coleções da História Natural e da Antropologia dos departamentos científicos de nossa Casa! Importante enfatisar que graças à generosa Clarividência de minha esposa Museologa Cleusa de Souza Millan na véspera do incêndio na nossa Casa de Caridade em sua Clarividência vislumbrou o grande incêndio na Quinta da Boa Vista, o que foi confirmado pelo noticiário na noite de 02/09/2018. Deve ser realçado que escrevo esse texto por sugestão da minha esposa Cleusa, cujas idéias primeiras possibilitaram essa escrita. E o incêndio? Há uma explicação técnica de um curto-circuito. Mas e outras prováveis causas? Falta de água nos hidrantes; preariedade da vigilância; falta de gestão adequada para aquele prédio; falta do recurso orçamentário? Enfim, o tempo dirá com certeza.

  2. TEXTO IMPECÁVEL!!!
    As sucessivas administrações psoleiras DESTRUÍRAM a UFRJ!!
    Reitor recebendo 60 mil de salário, professores(há 2 anos sem trabalhar)recebendo,no mínimo,15 mil,pra não fazer absolutamente nada!!
    Dinheiro pra manter NÃO FALTOU!!
    MAS SABEMOS DO Q ESSA GENTE É CAPAZ COM VERBA PÚBLICA!!
    Só quem NUNCA colocou os pés lá, nos áureos tempos pode defender o favelão q aquilo lá se tornou!!!

  3. Nós dois incêndios houve destruição de acervo histórico, sendo que no Museu Nacional as perdas foram não só relacionadas ao período Imperial, como a História Natural. Coincidência?

  4. Isso não é um texto jornalístico. É um texto opinativo recheado de mentiras. O autor, Deputado pelo Novo, estava mais preocupado em difamar a esquerda do que qualquer outra coisa.

  5. Várias fake news reunidas. Jornalista de meia tigela num jornal de meia tigela, se combinam bem. Diário do Rio ou Diário das Notícias Falsas? Se esse site já teve algum respeito, deveria pedir desculpas

  6. A UFRJ passa o mesmo problema que o orçamento do Brasil. Cada vez mais o orçamento público serve para custear funcionário público e cada vez menos para investimentos e manutenção. Então querem o quê? Sem mudar a lei de estabilidade do servidor para poder demitir, a sociedade fez a sua escolha já: engorda funcionalismo e deixa queimar o patrimônio público. Não há dinheiro para tudo. Só não se pode reclamar depois de ter feito essa escolha…

  7. Que absurdo! Como um site pode publicar uma coisa dessas? Desconhecer a realidade dar universidades públicas é até aceitável, mas isso já é má fé, vindo de um veículo que tem total acesso às informações.

  8. Dificilmente um incêndio ocorre do nada.
    Deve além da falta de manutenção, especialmente, ainda, o uso inadequado das instalações.
    Imagine uma sala que originalmente devia ter duas ou três estações de trabalho com aparelho de ar-condicionado, mas decidem nela colocar frigobar, cafeteira elétrica… e some-se a isso carregador de celular e outros eletrônicos, estes últimos numa tomada com um benjamin…
    Logo, esses incêndios senão criminosos pelo Direito Penal, são ilícitos pelo Direito Administrativo, pois nenhum cuidado houve com o patrimônio público. Senão doloso, ao menos culposo.

    Mas quando no Brasil vimos (e veremos) uma investigação seria e responsabilização dos culpados(???) Acho que nunca…

    • * acréscimo de equipamentos não previstos (p.ex. cafeteira elétrica, frigobar) ou substituição por outros modelos (p.ex. ar-condicionado) devem ser precedidos de estudo de carga…
      Vai falar para o servidor isso…

  9. Péssimo texto. Tá mais pra textão de Facebook de adolescente raivoso que apertou 17 com força. Além de ter erros graves de coesão, o blogueiro enviesa o “texto” e não teve o trabalho de pesquisar que orçamento discricionário é uma coisa e orçamento obrigatório é outra. Melhoras ao blog! Deve ser daqueles “portais” custeados por Bolsonaro e sua trupe bovina.

    • O Prezado Senhor é que está errado.
      Tem começar tudo de novo.
      Pelo maternal mesmo!

      O que você escreveu no seu texto vem provar que a estupideza humana é infinita.

      O autor do texto está certíssimo.
      Volta para o maternal.
      Pede para seus pais colocarem você de novo.

      Meu amigo por isto que o Brasil está assim deste 1500

      • O sr que está enganado. Em vez de mugir, poderia fazer gargarejo de chá de romã para tirar esse hálito horrível de capim. Até quando essa seita bolsonarista vai imperar no Brasil?

    • Típico artigo de quem só pretende desacreditar a educação pública, um desserviço completo. Se o autor do resto tivesse noção do orçamento da UFRJ, não escreveria tanta da besteira. Novo é o mesmo velho discurso, só que de sapatênis. Educação pública de qualidade, orçamento para pesquisa, não esmola.

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