Alexandre Knoploch: Aproximar a polícia do cidadão para combater o crime

O policiamento de proximidade, que deu certo em outros países, tem mostrado seus resultados no estado do Rio

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Câmeras portáteis começam a ser usadas por policiais militares em Copacabana

O conceito do policiamento de proximidade envolve o investimento na relação entre as populações e as forças de segurança. Focada na prevenção, a modalidade, implantada em países como Canadá e Japão, não se mostrou menos exitosa no nosso estado, marcado há décadas pela violência.

A proximidade com os agentes do Estado faz com que a população se sinta muito mais ativa no processo de salvaguardar a lei. A desconfiança entre o fluminense e o policial acaba funcionando como uma barreira que favorece o crime — e essa barreira tende a ser derrubada por programas que privilegiam a prevenção no lugar da simples repressão.

Não tenho dúvidas de que devemos creditar a redução nos crimes de homicídios dolosos, ou seja, intencionais, em 2022, ao foco em programas de segurança preventiva.

Nosso estado começou a abraçar essa política a partir das comunidades, com a implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), ainda em 2008. Em 2014, avançou com a criação do Segurança Presente, expandido nos anos seguintes para mais de 30 bairros. Mais recentemente, o estado tem aprofundado as ações de prevenção por meio do Bairro Seguro, obtendo ainda mais resultados.

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O fato de que temos menos crimes contra a vida, que incluem homicídios dolosos e latrocínios, indicam um caminho mais seguro. A redução da letalidade de agentes mortos em serviço também serve de indício do sucesso da prevenção.

Contar com a presença do agente da segurança pública somente na ocorrência constitui um erro que custa caro não apenas ao aparelho estatal quanto à própria população. Mobilizar os efetivos dos Batalhões somente quando são chamados significa maior risco de óbitos de pais de família e crianças órfãs de todos os lados, mais gasto com munição, mais gastos hospitalares.

Sabemos que a simples presença de uma cabine ocupada, de viaturas e de policiais que caminham e conversam com moradores nos quarteirões já inibe a ação e até mesmo a intenção de criminosos.

O policiamento preventivo 24 horas por dia deve ser uma política de Estado — e não de Governo. Para que o cidadão caminhe tranquilamente nas ruas, ele precisa enxergar o agente de segurança pública como um aliado no trabalho para reduzir o crime. E é dever indiscutível do Estado estimular um relacionamento mais próximo entre ambos por meio de políticas e programas de policiamento comunitário monitorados de maneira moderna e segura.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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