Alexandre Knoploch: Cordão de girassol finalmente chega ao Rio de Janeiro

Alerj aprova criação do acessório que vai tornar visíveis deficiências ocultas e melhorar a qualidade de vida dos autistas

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Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

A aprovação, nesta terça-feira (11/10), pela Alerj, do meu Projeto de Lei que estabelece o Cordão do Girassol, deve ser comemorada como mais um avanço do estado do Rio de Janeiro para melhorar a qualidade de vida não só de toda a população autista, como de todos os portadores de síndromes ocultas, como epilepsia ou demência. A função principal do acessório é tornar visíveis as síndromes não aparentes.

O cordão de girassol terá uma faixa verde e estampada com figuras de girassóis, 85 cm de comprimento e uma trava de segurança. Trata-se de um simples objeto que pode fazer toda a diferença para as famílias de meninos e meninas que, na maior parte das vezes, sequer contam com assistência médica e psicossocial.

Criado há anos na Inglaterra, o cordão de girassol, não por acaso, foi replicado em dezenas de países por ser bem-sucedido como um sinalizador de suporte diferenciado. O cordão realmente evitou cenas de constrangimentos e episódios que aumentam o nervosismo dos autistas em locais com circulação de pessoas, como hospitais, órgãos públicos, aeroportos, supermercados e rodoviárias. Vidas foram salvas e acidentes, como atropelamentos, foram evitados, graças ao chamativo acessório.

Depois de sancionada pelo o governador, o Governo do Estado do Rio de Janeiro poderá ser responsável pela produção dos cordões de girassol e pela entrega dos acessórios aos usuários de seus serviços que se encontram em vulnerabilidade social, mediante apresentação de laudo médico comprobatório e devida documentação pessoal do beneficiário, conforme determina a lei. Campanhas educativas de conscientização sobre o uso do cordão de girassol são muito bem-vindas para que as pessoas percebam que quem porta o acessório precisa de atenção especial.

Não me canso de chamar a atenção da sociedade para a causa autista. Neste mês do Dia das Crianças, lembremos que aquelas diagnosticas com deficiências ocultas precisam de um acompanhamento especial, principalmente entre as famílias mais desfavorecidas do nosso país e do nosso estado.

O autismo costuma ser identificado na infância, entre 1 e 3 anos de idade. A criança apresenta dificuldades de comunicação e capacidade de aprendizado e adaptação, o que influencia em suas relações sociais ou afetivas.

O Poder Público também precisa agir urgentemente para diagnosticar, tratar e garantir a presença de professores de apoio nas escolas a fim de evitar o grave problema da evasão escolar no Brasil, agravada pela pandemia. A adoção do cordão de girassol representa um importante avanço, mas precisamos fazer muito mais por essa população.

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