Um estudo da imobiliária APSA revelou o aumento dos preços dos alugueis nos principais bairros do Rio de Janeiro em setembro. A pesquisa, baseada em uma amostra de anúncios de imóveis residenciais de um a quatro quartos, registrou uma média de R$ 45,51 por metro quadrado, equivalente a um aluguel de R$ 4.551 para um imóvel de 100 m², por exemplo. Em comparação a agosto, os valores subiram 3,15%, acumulando já um aumento de 11,6% no ano.
“Segundo o índice Fipe Zap, o desconto médio concedido na hora da locação de um imóvel é de 9%, o que se pode aplicar no entendimento dos números da APSA”, explica o veterano administrador de imóveis Wilton Alves, diretor da imobiliária Sergio Castro. É que a pesquisa da administradora é feita com anúncios, e não com valores de fechamento, explica. Assim, ele estima que o preço médio por metro quadrado na cidade esteja em torno de 41 reais (já com o desconto médio de 9%).
A pesquisa dá conta também da enorme demanda por imóveis na Zona Sul. Há três vezes mais imóveis vazios na Barra da Tijuca que na região mais valorizada da cidade.
Principais valores por região
Zona Sul
- Copacabana: R$ 67,41/m² (+10,2%)
- Laranjeiras: R$ 51,53/m² (+7,9%)
- Flamengo: R$ 61,71/m² (+6,2%)
- Botafogo: R$ 66,23/m² (+4,9%)
- Leblon: R$ 117,11/m² (+0,7%)
- Ipanema: R$ 123,90/m² (+0,3%)
- Catete: R$ 50,45/m² (-10,1%)
- Leme: R$ 62,66/m² (-1,9%)
Centro
- Centro: R$ 41,63/m² (+1,1%)
Zona Norte
- Vila Isabel: R$ 29,05/m² (+3,7%)
- Rio Comprido: R$ 27,62/m² (+2,7%)
- Méier: R$ 22,88/m² (+2,5%)
- Tijuca: R$ 33,13/m² (+1,5%)
- Grajaú: R$ 29,76/m² (-2,1%)
- Maracanã: R$ 33,28/m² (-0,5%)
Zona Oeste
- Barra da Tijuca: R$ 73,21/m² (+3,9%)
- Recreio: R$ 40,79/m² (+2,3%)
Taxa de vacância e velocidade de locação
O relatório da administradora apontou uma taxa de vacância média de 6,5% no Rio de Janeiro, mostrando um leve aumento de 1,8% em comparação aos últimos três meses. Embora tenha subido, o índice ainda está abaixo do ideal, estimado em 10%. A Zona Sul apresenta a menor taxa, com apenas 3,3%, enquanto na Barra da Tijuca e adjacências o índice é de 9,7%.
Outro indicador relevante é a velocidade de locação. Na Barra da Tijuca, o tempo médio para locação caiu de 48 dias em 2022 para 31 dias. Em Botafogo, o tempo foi reduzido de 50 para 22 dias, e o mesmo ocorre em Copacabana, onde o período caiu de 64 para 22 dias. Na Tijuca, a locação passou de 76 dias para apenas 34 dias.
Demanda elevada e alta nos valores
Com uma demanda crescente e uma oferta limitada, os valores de aluguel seguem subindo, especialmente na Zona Sul, onde imóveis são alugados rapidamente, refletindo também as dificuldades de aquisição devido às altas taxas de juros. Flávio Olimpio, gerente de locações da APSA, comenta: “Mesmo com novos imóveis sendo entregues, a oferta ainda não atende a demanda. Na Zona Sul, a dificuldade para comprar empurra muitos para o aluguel, e agora, com a decisão da Caixa de financiar apenas 70% do valor dos imóveis, esse adiamento na compra pode aumentar ainda mais.”
Os especuladores imobiliários e seus agentes puxa-sacos, que representam 0,0005% da população, estão eufóricos e estourando champagne. Os mais de 80% da população, que lutam com extrema dificuldade para morar com dignidade, muitas vezes perdendo, se preocupam e se desesperam mês após mês. Quem defende que este é o melhor modelo de sociedade que poderia existir, ou veio para o mundo sem cérebro, ou nasceu com uma maldade insaciável e incurável.
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