Aluguel no Rio de Janeiro sobe 1,98% em outubro, com destaque para o Catete

Estudo da APSA revela aumento médio dos preços, baixa vacância e maior agilidade na locação em diversos bairros da cidade.

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Noites de verão em Copacabana Dezembro 2021. Fotos: Rafael Catarcione/RioTur

Alugar um imóvel no Rio de Janeiro está cada vez mais caro, com um aumento médio de 1,98% nos preços anunciados em outubro, segundo pesquisa da APSA, líder nacional em gestão de propriedades urbanas. O Catete foi o bairro com maior alta no período, registrando um crescimento de 5,53%, elevando o preço médio para R$ 53,24/m².

No acumulado dos últimos 12 meses, os aluguéis na cidade subiram 13,31%, refletindo uma crescente procura por locação e baixa vacância em diversos bairros.

Zona Sul e Barra da Tijuca puxam altas, mas algumas áreas apresentam quedas

Na Zona Sul, bairros tradicionais como Copacabana, Ipanema e Leblon registraram aumentos modestos em outubro:

  • Copacabana: +0,92% (R$ 68,03/m²)
  • Ipanema: +0,14% (R$ 124/m²)
  • Leblon: +0,38% (R$ 117,56/m²)

No entanto, alguns bairros da mesma região apresentaram quedas, como:

  • Flamengo: -2,25% (R$ 60,32/m²)
  • Laranjeiras: -0,95% (R$ 51,04/m²)
  • Botafogo: -0,66% (R$ 65,79/m²)
  • Leme: -0,91% (R$ 60,67/m²)

Na Barra da Tijuca, o aluguel subiu 1,27% (R$ 74,14/m²), enquanto no Recreio o aumento foi de 0,54% (R$ 41,01/m²).

Grande Tijuca e Centro também registram variações

A região da Grande Tijuca apresentou variações interessantes:

  • Tijuca: +1,87% (R$ 33,75/m²)
  • Maracanã: +0,18% (R$ 33,34/m²)
  • Grajaú: -1,3% (R$ 29,36/m²)
  • Vila Isabel: -1,03% (R$ 28,75/m²)

No Centro, o aluguel subiu 0,18%, chegando a R$ 41,87/m².

Baixa vacância e maior velocidade de locação

A taxa de vacância média no Rio é de 6,1%, abaixo do ideal de 10%. Bairros como Leme, Flamengo e Laranjeiras têm vacância entre 1% e 5%, enquanto o Leblon registra 6,8% e Ipanema, 10,9%. Na Barra e Recreio, as taxas são maiores, com 8,2% e 12%, respectivamente.

Além disso, o tempo médio para locar um imóvel está diminuindo. Em Copacabana, o tempo de locação caiu de 33 dias em 2023 para 29 dias em 2024, uma redução de 12,1%. Comparativamente, em 2021, levaria 167 dias para alugar um imóvel.

Impactos no mercado de aluguel

Segundo Flávio Olímpio, gerente de locações da APSA, a alta nos aluguéis é reflexo da baixa vacância e da dificuldade em adquirir imóveis devido aos altos juros e restrições de financiamento.

“A dificuldade de comprar imóveis está empurrando mais pessoas para o aluguel. Mesmo com preços elevados, a procura continua alta, principalmente na Zona Sul e Barra da Tijuca,” explicou Olímpio.

Com a decisão da Caixa Econômica Federal de financiar apenas 70% do valor dos imóveis, mais pessoas estão adiando a compra e optando por aluguel, pressionando ainda mais o mercado.

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