Alvaro Tallarico critica: ‘Rio Connection’, a nova série da Globoplay

O que acontece quando o traficante Tommaso Buscetta e seus comparsas chegam ao Rio de Janeiro? Entenda

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Marina Ruy Barbosa em foto de Globo Reginaldo Teixeira
Marina Ruy Barbosa no lançamento de "RIo Connection" (Globo/ Reginaldo Teixeira)

A série “Rio Connection”, situada nos anos 1970, desvenda uma intricada rede de tráfico de heroína estabelecida no Brasil, criando uma rota estratégica em direção aos Estados Unidos. Com autoria e direção de Mauro Lima, a obra se destaca pela alta qualidade de produção. Além disso, conta com um elenco talentoso que mescla atores estrangeiros e brasileiros. A narrativa se aprofunda nas vidas de três criminosos europeus – Tommaso Buscetta (Valerio Morigi), Fernand Legros (Raphael Kahn) e Lucien Sarti (Aksel Ustun). Um dos grandes destaques é a presença da atriz Marina Ruy Barbosa como a personagem Ana Barbosa.

A convite da Globoplay, estive no evento de lançamento da série no Kinoplex Leblon Globoplay, na última terça-feira (21). Além dos primeiros episódios, houve uma coletiva de imprensa. Ao ter minha chance de perguntar, questionei sobre o título, relacionando-o ao clássico filme “French Connection”, de 1971, vencedor de diversos Oscars e sobre a ideia de falar sobre uma máfia tropical.

“Conexão França é o nome real da rota do tráfico de heroína que vinha da Turquia, Porto de Marseille, através da máfia francesa e italiana e ia para as ruas de Nova Iorque.”, me disse o roteirista e diretor Mauro Lima.

“O Rio Connection foi uma tentativa de desviar a French Connection pela América do Sul através das mesmas figuras, a máfia da Córsega que tinha sido recém desmantelada, como você vê no ‘French Connection’ (filme), pelo Gene Hackman, pelo FBI, pela Agência de Narcóticos Americana. Tinham recém prendido várias pessoas ali e alguns fugiram e vieram para a América do Sul chegando no Uruguai, Paraguai, Argentina e no Brasil. Alguns como o mafioso italiano Tomasso Buscetta também tava por aqui. Todos eles fugidos com mandado de prisão nas costas. Coincidemente estando por aqui resolveram criar essa conexão através da América do Sul, por isso que leva esse nome de Rio Connection. São as mesmas pessoas criando uma nova rota no Rio de Janeiro. A ideia de tropicalizar a máfia vem daí. Mas na verdade é uma história real conectada com outra história real, ambas no audiovisual.”, concluiu Mauro.

O escorregadio Tommaso Buscetta

Com o total de oito episódios, os dois primeiros oferecem uma visão inicial do acordo entre o esperto Tommaso e seus comparsas para transportar heroína aos cartéis nos Estados Unidos. Inspirada em eventos reais, a trama envolve o espectador ao apresentar um plano meticuloso para adquirir heroína a preços baixos e revendê-la a preços elevados. Entretanto, a confiança entre os membros do trio é seguidamente testada pela imprevisibilidade das parcerias e as incursões policiais.

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A série se destaca pela humanização dos personagens, evitando retratar criminosos unidimensionais. Em vez disso, explora a complexidade de cada indivíduo, revelando suas questões pessoais e possibilitando a empatia dos espectadores, sem deixar de lado seus lados sombrios. Essa abordagem cria uma dinâmica intrigante.

Apesar de mostrar uma certa lentidão no desenvolvimento, pelo menos nos dois primeiros episódios, a série parece fazer essa escolha deliberada. A relação entre Fernand e seus parceiros e familiares é um ponto forte, proporcionando uma dinâmica estranha e não convencional, mas ao mesmo tempo envolvente.

“Rio Connection” é uma série que começa bem lenta, mas desperta curiosidade para os episódios seguintes. Aqueles que gostam de produções que exploram minuciosamente cada detalhe, mesmo os aparentemente insignificantes, encontrarão méritos nesta obra. Os primeiros episódios oferecem uma experiência peculiar e a oportunidade de explorar as complexidades do mundo do crime nos anos 1970 e o Rio de Janeiro, velho refúgio. O humor chama a atenção, assim como as relações ali abordadas.

Por fim, a estreia exclusiva na Globoplay está marcada para 23 de novembro.

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1 COMENTÁRIO

  1. Eu nunca consegui vencer como escritor porque, além de autista, meus textos (contos e romance) não falam de drogas, tráfico e prostituição, que domina o tema de filmes e séries de sucesso. Já até disseram que os meus contos são infantis por eu escrever temas leves. Sobre sexo até já falei e um diretor chegou a se interessar em produzir um curta, mas ele não queria pagar nada e acabei atrapalhando a negociação por causa da minha dificuldade de me expressar, provocada por um autismo que eu desconhecia.

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