Andrea Nakane: A Magrela que nos Seduz

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre corrente do bem colaborativa de pessoas que acreditam na bicicleta como uma ferramenta para a transformação das pessoas e das cidades

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Carinhosamente chamada de magrela, a bicicleta – veículo de transporte, ao mesmo tempo vinculada ao lazer – vem conquistando cada vez mais usuários em uma combinação fascinante de liberdade, sustentabilidade e locomoção.

Esse equipamento é tão próximo ao nosso dia-a-dia, que tem muita gente que acredita que o ato de pedalar é algo tão orgânico, que todo mundo tem a mesma habilidade para dominar o guidão. Mas na verdade, não é bem assim. Há muitas pessoas que não aprenderam a andar de bicicleta, quando criança, e acham que perderam o tempo para tal conhecimento.

Ledo engano… E prova disso, que não há limite de idade e muito menos de classe social para introduzir uma boa relação com a “magrela”, a Bike Anjo tem um trabalho primoroso e que faz a diferença para a vida de muita gente.

A Bike Anjo é uma corrente do bem colaborativa de pessoas que acreditam na bicicleta como uma ferramenta para a transformação das pessoas e das cidades e estão a frente de inúmeros projetos, todos executados por voluntários.

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Um desses projetos é a Escola Bike Anjo, por meio de uma plataforma online que conecta os voluntários com pessoas que querem mudar seu estilo de vida por meio da bicicleta. No escopo desse trabalho é possível acessar as seguintes atividades: aprender a pedalar, praticar as pedaladas, solicitar acompanhamento para pedalar no trânsito e recomendação de rotas mais seguras

A Bike Anjo surgiu no dia 24 novembro de 2010 na cidade de São Paulo, quando amigos cicloativistas começaram a acompanhar pessoas no trânsito para que elas participassem da bicicletada pedal que acontece toda última sexta-feira do mês em muitas cidades do mundo.

No ano seguinte, a Bike Anjo ganhou outras cidades e entre elas, o Rio de Janeiro. Hoje, a Bike Anjo está em todos os continentes, em 857 cidades em 38 países.

Os voluntários são personagens vitais para a expansão da Bike Anjo. Francisco  José  de Almeida  52 anos, morador de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro é um desses anjos que fazem parte dessa rede altruísta.

Francisco José de Almeida é professor de técnicas de resgate e gerenciamento de desastres e é um dos entusiastas com sua atividade que possibilita que tantas outras pessoas se apaixonem pela magrela, pela qual ele já devota mais de 35 anos de paixão por ela e toda a sua simbologia.

“Sou voluntário no Bike Anjo por me identificar com os objetivos do mesmo que vai além de ensinar andar de bicicleta e permite inclusão  social; pleno exercício  da cidadania por meio de atividades educacionais  junto aos atores  do trânsito  envolvidos  na mobilidade ativa .”, declara Francisco José de Almeida.

Entre tantas histórias que marcaram Francisco José de Almeida está a de uma jovem de 29 anos, chamada Raissa, moradora de Anchieta e que pela visão equivocada de seu pai foi tolhida de aprender a andar de bicicleta, pois ele acreditava que essa atividade era destinada somente para homens e, por isso mesmo, nunca permitiu que ela subisse em uma bicicleta ou tivesse uma.

“Adulta, ela nos procurou no Bike Anjo e por obra do destino acabei sendo seu instrutor. Quando ela conseguiu se equilibrar e andar de bicicleta sozinha chorou… a emoção contagiou a todos… eu mesmo fiquei tomado por muita alegria.” conta Francisco José de Almeida.

A associação da bicicleta com aventura no desbravamento de novas paisagens e cenários permite uma vivência plena, sustentável, em uma velocidade que respeita o ritmo de cada um, sendo portanto, uma opção democrática, para todas as idades.

A Bike Anjo possibilita por inúmeros projetos e campanhas gerar maior plenitude em não só enxergar essa conexão, mas propiciar um novo estilo de vida, com mobilidade, economia e muita satisfação.

Acesse o site www.bikeanjo.org.br e conheça mais esse edificante trabalho. A comunidade está sempre aberta, tanto para acolher quem precisa de seu suporte, quanto para agregar novos voluntários que possam ampliar os serviços prestados.

Que tal pegar sua bike e começar a pedalar por aí?

A Magrela e o Rio tem tanta sinergia, que sem dúvida alguma formam um par perfeito, que irá te possibilitar vivências muito prazerosas. Bora pedalar por aí! Sempre com segurança e cautela, é claro!!!

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Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.
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