Andréa Nakane: Choro de alegrias e motivações

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre Paulo Roberto dos Santos, professor e músico que apresenta o espetáculo ''Yeté''

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Paulo Roberto dos Santos - Foto: Arquivo Pessoal

Paulo Roberto dos Santos, conhecido como Paulo Bi, 67 anos, carioca, morador de Laranjeiras, tem uma história peculiar com a música, que se tornou sua companheira de vida, desde a mais tenra idade, quando, ainda criança, frequentava as rodas de choro, na casa, nada mais, nada menos, de Pixinguinha, no bairro do Encantado.

O choro, ou chorinho, é um gênero da música popular brasileira surgido no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX e Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, foi o responsável pela consolidação desse estilo. Virtuose da flauta, arranjador de primeira categoria, e mestre do contraponto improvisado ao saxofone, Pixinguinha firmou-se como o maior compositor da história do choro.

Paulo Bi, hoje músico e professor, lembra que seu interesse musical foi despertado por um dos sobrinhos do músico, que carinhosamente era chamado de Tio Ivanir, que tocava 7 cordas e usava uma dedeira.

”Comecei a tocar violão sozinho, muito cedo. Tive aulas com uma sobrinha do acordeonista Mário Mascarenhas. Estudei teoria musical por um tempo na Escola Villa Lobos e, também, frequentei a escola de harmonia de Ian Guest”, conta Paulo Bi.

Atualmente, apresenta o espetáculo de música para crianças ”Yeté” em itinerância até outubro por unidades do Sesc.

”O espetáculo Yeté surgiu a partir do EP homônimo lançado em 2019. O show que apresento ao lado do percussionista Leo Cortez, com quem formo o duo Bantok, traz 13 canções que têm a água como tema, sendo canções autorais, folclóricas e outros autores”, afirma Paulo Bi.

Outro trabalho que a cada dia ganha cada vez mais atenção é a Rádio online Butiá – um projeto do uruguaio Julio Brum, na qual Paulo Bi é coordenador no Brasil, sendo parceiro da programadora Caroline Casagrande e que tem como especificidade oferecer um panorama atual da produção cultural voltada para crianças.

Para o futuro Paulo Bi está cheio de planos, demonstrando sua versatilidade com a música e sua participação global, pois em sua bagagem profissional também, inclui apresentações no Japão, Alemanha e Suiça.

”Ainda este mês estará no ar o projeto desenvolvido pela minha amiga Cláudia Hebletz, Histórias de Pindorama. Participei deste projeto como responsável pela trilha de dois documentários que integram o projeto, além da locução em um dos projetos. Em breve lançarei através das plataformas digitais a trilha deste projeto, que ganhou o nome de Peabiru”, anuncia Paulo Bi.

O músico ainda pretende realizar dois projetos para o público infantil, incluindo o Tocando o Terror, que reúne uma canção autoral e poemas que foram musicados do poeta paraibano André Ricardo Aguiar e outro com 10 poemas infantis de Fernando Pessoa que também foram musicados.

A história do despertar para a música do Paulo Bi, nos remete a importância dos laços firmados na infância e que podem ter profundas referências em nossas habilidades e gostos diversos. Como crianças somos uma espécie de esponjas e vamos absorvendo tudo ao nosso redor. Ambientes saudáveis só podem gerar resultados muitos edificantes, por isso devemos, todos, nos preocupar em oferecer aos nossos jovens oportunidades bacanas para o preenchimento de seu tempo livre, para que justamente não sejam desviados do caminho do bem.

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Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.

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